Desporto

Petro resgata título nacional de andebol

Arão Martins e Hermínio Fontes | Benguela

Jornalistas

O Petro de Luanda resgatou sábado o título de campeão ao vencer o 1º de Agosto, por 24-23, no jogo da final da 45ª edição do Campeonato Nacional Sénior Feminino de Andebol, disputado no Pavilhão Acácias Rubras, em Benguela.

26/05/2024  Última atualização 07H33
Petrolíferas conquistaram o 22.º título diante das arqui-rivais numa final bem disputada © Fotografia por: DR

Num jogo pautado pelo equilíbrio, o vencedor foi conhecido apenas nos últimos minutos. A garra e determinação das tricolores foi determinante para o desfecho da partida e o Petro voltar a erguer o troféu.

Ao intervalo, as comandadas de Luís Chaves venciam por 15-12, num desafio escaldante e decidido ao detalhe. Com casa cheia, a partida registou 10 empates no primeiro tempo. As petrolíferas foram ligeiramente superiores, por isso são dignas vencedoras.

Destaque na final para a atleta Chelcia Gabriel (Petro de Luanda) com cinco golos, que no regresso à terra natal  foi coroada como a melhor jogadora da prova, pelo seu empenho e recortes técnicos no jogo decisivo, contribuindo para a vitória da sua equipa. Os dois conjuntos efectuaram saídas rápidas na etapa inicial com marcação de golos sucessivos. A mesma dinâmica foi registada na segunda parte. Depois de diversas vezes em vantagem, por uma e duas bolas, o 1º de Agosto intensificou a pressão e empatou aos 18 minutos e liderou o marcador.

O Petro de Luanda reagiu e desfez a desvantagem ao minuto 19, com as atletas Marília Quizelete, Vilma Nenganga em grande plano. Do lado contrário, Dolores Rosário e Natália Bernardo respondiam na mesma moeda e faziam a diferença para delírio dos presentes.

Marcada por sucessivos empates, valeu a capacidade de sofrimento, união e solidariedade das tricolores. As campeãs nacionais superaram ainda a concorrente nos prémios individuais. A guarda-redes Marta Alberto foi a jogadora mais valiosa da partida e Vilma Nenganga, com 7 golos, a melhor marcadora da final. Do lado contrário, a mais produtiva foi Natália dos Santos, com 6 golos.

Para as classificativas de terceiro lugar, a formação do Maculusso venceu a Casa Pessoal do Porto de Lobito por 33-31, com desvantagem de 17-18 ao intervalo, e ocupou o último lugar do pódio. O FC do Uíge foi a  equipa fair play. 


Treinadores destacam empenho das jogadoras

O técnico principal da formação do Petro de Luanda, Luís Chaves, reconheceu que o êxito na conquista do título resulta do trabalho de continuidade.

"Não mudamos tudo. Mantivemos muitas coisas que o treinador Vivaldo Eduardo fazia e desenvolvemos outras”, disse.

Salientou que a equipa perdeu a Supertaça Africana e a Taça das Taças de forma inglória, pois tinha a possibilidade de ganhar, principalmente, a segunda competição. Considerou que a vitória premeia o trabalho que tem sido feito.

"A dada altura a equipa acusou a responsabilidade e por pouco perdemos a final. Numa altura em que estávamos a ganhar por dois ou três golos de diferença, fomos entregando bolas e o resultado terminou com a diferença de um golo”, referiu .

Por sua vez, o treinador do 1º de Agosto, Carlos Arza, felicitou o Petro de Luanda, pela conquista do título, numa final bem disputada, mas lamentou as dificuldades vividas durante a pré-época.

"Mostramos o trabalho que estamos a fazer com fé e confiança, apesar das dificuldades enfrentadas durante toda a temporada, que foram muitas. Ainda assim, valeu o empenho das jogadoras ", enalteceu.

Com humildade revelou que não falhou nada, no entanto, realçou o trabalho de equipa  que o Petro está a desenvolver.

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