Apostado em vencer a partida, depois do empate sem golo na ronda passada,  Alexandre Santos efectuou duas alterações no "onze" inicial que utilizou frente ao JS Kabylie da Argélia, deixando no banco de suplentes o lateral-esquerdo Tó Carneiro, colocando o garoto Pedro, e no sector atacante, Gilberto substituiu Yano.  

Com as modificações feitas, o treinador português pretendia uma equipa com ousadia ofensiva, sustentado por uma defesa sólida e num meio-campo bastante criativo. Alexandre Santos optou pelo defesa Pedro, porque defende e ataca com perfeição. Gilberto é um jogador rápido e explosivo e iria criar dissabores ao sector defensivo da formação congolesa. 

Em casa emprestada do Vita Club de Kinshasa, o Petro actuava com um bloco baixo, médio ou alto, dificultando o esquema táctico apresentado pelo técnico Jean Pierre Shungu.  

A actuar no clássico 4-3-3, o conjunto congolês experimentava sérias dificuldades para sair a jogar com a bola, de trás para a frente, visto que os petrolíferos se defendiam na zona do meio-campo.  

O Vita Club não encontrava espaço de manobra para atacar  a baliza adversária, porque o Petro pressionava, com ou sem bola, próxima da zona do grande círculo. 

Com o dispositivo táctico 4-4-2, o líder do Girabola apresentou-se com alma e não se deixou intimidar pela equipa adversária. Melhor na abordagem do jogo, a equipa de Alexandre Santos chegava com "relativa facilidade" à área de Quédraogo. Aos 27 minutos, a equipa petrolífera adiantou-se no marcador, por intermédio de Tiago Azulão. O médio ofensivo Gilberto foi à linha de fundo e cruzou para o avançado brasileiro facturar. 

No regresso dos balneários, o Petro de Luanda surgiu determinado a ampliar o placar, já que o resultado que trazia da etapa inicial não dava muitas garantias. Mas foi o conjunto angolano que esteve melhor no jogo. Dispôs de inúmeras ocasiões de golo, mas pecavam no capítulo da finalização.  Fruto da pressão exercida, o Petro aumentava a vantagem, por intermédio de Anderson Cruz, decorridos 65 minutos, após passe de calcanhar de Tiago Azulão. 

O Vita Club só pode queixar-se de si mesmo, porque jogou mais com o coração do que com a cabeça, com o Petro de Luanda a ser dono e senhor do jogo. A formação congolesa reduziu a desvantagem, por intermédio de Éric Kabwe, aos 82 minutos. O Petro de Luanda entrou de início com Hugo Marques, Eddie Afonso, Pedro, Pedro Pinto, Kinito, Soares, Anderson Cruz (Alex, 65'), Megue, Jaredi (Gleison,73'), Gilberto e Tiago Azulão (Yano, 90'). 

Deslocação difícil a Casablanca 

Na terceira jornada, o Petro de Luanda defronta o Wydad do Marrocos, na sexta-feira, às 20h00, no Estádio Mohamed V. A equipa de Alexandre Santos vai efectuar uma deslocação difícil a Casablanca, visto que o detentor do troféu da "Champions" perdeu na visita ao Kabylie da Argélia, por 1-0.

Frente à equipa marroquina, o conjunto angolano está pressionado a ganhar ou,  na pior das hipóteses, arrancar um empate no reduto do adversário, para manter acesa a chama de apuramento aos quartos-de-final.

Este é o sexto confronto entre os dois contendores na competição. O Wydad tem um registo de três vitórias (2-0,3-1 e 5-1), uma derrota (2-1) e igual número de empate (1-1). Os tricolores do Eixo Viário nunca venceram na casa do oponente. Marcou 11 golos e consentiu três. 

À saída da 16ª jornada, o Wydad do Marrocos ocupa a segunda posição da Liga Botola Pro Inwi, com 32 pontos, menos dois que o líder Far Rabat. Em 16 jogos, o actual campeão africano ganhou nove, perdeu dois e empatou cinco. Marcou 18 tentos e sofreu nove.