O grupo de 27 pessoas cadastradas, afectadas pelo albinismo, na cidade de Mbanza Kongo, província do Zaire, beneficiou de kits de cremes de protecção da pele, doado pelo Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade de Género, em parceria com a Organização Não Governamental (ONG), Aliança para Promoção e Desenvolvimento da Comuna de Hoji-ya-Henda (APDCH).
A directora do Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade de Género no Zaire, Isabel Queba Salvador, disse que a ajuda àquelas pessoas com albinismo consta das políticas do Executivo angolano, para a prevenção contra problemas dermatológicos, causados por exposição aos raios solares.
"Os apoios vão continuar, tendo em conta que estas pessoas necessitam de outros produtos dermatológicos, como sabonetes, pó, bem como pares de óculos para a protecção dos olhos, daí que vamos continuar a trabalhar com os nossos parceiros para o efeito”, acrescentou a governante.
Quanto à abrangência das ajudas, Isabel Queba Salvador fez saber que, a nível da cidade de Mbanza Kongo, estão cadastradas mais pessoas com albinismo, pelo que o processo vai continuar nos demais municípios da província do Zaire.
"Os produtos protectores de pessoas com albinismo são caros e muitos cidadãos com este problema não têm condições financeiras para adquiri-los, por isso o Gabinete vai continuar apoia-los”, garantiu a dirigente.
Mensagem aos portadores
Isabel Salvador apelou aos presentes, no acto, para que sejam porta-vozes das pessoas com este problema que ainda não foram cadastradas para se "dirigirem às nossas instalações para o devido cadastramento e, por esta via, beneficiarem, também, de apoios”, apelou
Por seu turno, Pedro Miala Fuambuta, 26 anos, visivelmente satisfeito após receber o seu kit, enalteceu a iniciativa do Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade de Género e da ONG APDCH, uma vez que a protecção da pele está garantida durante algum período.
"A agradecemos ao Gabinete por dar resposta aos problemas ligados aos cuidados especiais de saúde que enfrentamos, tendo em conta a fragilidade da nossa pele e carência de recursos financeiros para obter esses medicamentos. Por exemplo, um creme para a protecção da pele de um albino custa 8.500 Kwanzas nas farmácias da região, ao passo que um sabonete está no valor de 4.000,00”, acrescentou.
Outro jovem que é, igualmente, portador de albinismo, Simão Menayame, 34 anos, também agradeceu o gesto do Gabinete da Acção Social, em oferecer cremes de protecção da pele da pessoa com albinismo na região.
"Para além de cremes, necessitamos, também, de óculos para a protecção dos olhos durante as deslocações às lavras a procura das condições de vida, por isso apelamos às outras instituições para, também, associarem-se às acções do género”, apelou.
De salientar que o albinismo é uma condição genética que pode afectar qualquer pessoa em todo o mundo, independentemente da raça, etnia ou sexo, que se caracteriza por uma desordem genética, na qual ocorre um defeito na produção da melanina, pigmento que dá cor à pele, cabelos e olhos.
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