Cultura

Percurso e a Renovação Estética do semba é hoje tema de debate

Manuel Albano |

Jornalista

A contribuição da música angolana na luta de libertação nacional é o foco de uma palestra a ser realizada, hoje, entre às 10h00 e às 12h30, na Galeria do Semba, localizada no Centro Recreativo e Cultural Kilamba, em Luanda.

25/11/2023  Última atualização 14H20
Músico Dionísio Rocha, Cantor Dom Caetano, e Artista Cirineu Bastos © Fotografia por: DR
Cirineu Bastos, Dionísio Rocha, Dom Caetano e o pesquisador Pedro Rosa são os convidados para dissertar sobre o percurso da música angolana e a renovação estética do semba. O moderador será o pesquisador Osvaldo Mboco.

Durante o encontro, segundo a organização, espera-se que os convidados possam esclarecer algumas questões sobre a renovação estética do semba, assente na sua instrumentalização, letra (composição) e o canto.

Durante a palestra, de acordo com DJ Mania, um dos responsáveis da Galeria do Semba, os convidados vão falar, igualmente, sobre os conceitos e definições, características, etapas, cadência e a própria produção do semba.

Dom Caetano por exemplo, segundo DJ Mania vai aproveitar a ocasião para fazer uma resenha da "cronografia geneológica da construção da música angolana moderna”.

Entre outros temas, disse, vão ser destacados as turmas em Luanda, onde se destacaram o Ngola Ritmos, com Aniceto Vieira Dias (Liceu), Nino Ndongo, Amadeu Amorim, José Maria, Xodo e Euclides de Fontes Pereira (Fontinhas), o Escola do Semba e Henda Xala, com José Oliveira de Fontes Pereira (Male-Malamba), o Fogo Negro com José Rodrigues Ascenso, os Kissweias com José Adelino Barceló de Carvalho (Bonga), José Carlos Lamartine e Tizinho André, que encontraram lugar na música ligeira para a introdução da guitarra em finais dos anos de 1960.

A formação de muitos conjuntos deu-se no princípio dos anos 1970 entre eles os Gingas, os Kiezos, os Jovens do Prenda, Negoleiros do Ritmo, África Show, África Ritmos, Anazanga, Águias Reais, Bongos do Lobito, Anangola, Muzangola, Dimbangola, Ngoma Jazz, Cabinda Ritmo, Super Landa Bangó, tradicionais da música ligeira, a marimba, a dikanza ou kissange, ao violão, teclado e outros  instrumentos.

A história do surgimento do Super Coba, os Indomitos, os Cinco de Luanda e Trio Feminino com Garda, Alba Clinton e Lourdes Van-Dúnem também será abordada.



Orquestra Mizangala DT revisita o melhor do semba

A Orquestra Mizangala DT foi a grande surpresa da última edição do projecto musical "Há um Semba em Cada Canto”, realizado, domingo, na Galeria do Semba, localizado no Centro Recreativo e Cultural Kilamba, em Luanda.

Para esta edição, ao contrário das anteriores, que têm sido animadas pela Banda Duia, a organização recorreu à banda do guitarrista e vocalista Dulce Trindade para fazer a festa acontecer e render uma singela homenagem ao próprio mentor da banda. Enquadrada, ainda, nas festividades da Independência Nacional, assinalada a 11 do mês em curso, o conceito do espectáculo justifica-se por permitir, de forma espontânea, o público interagir e se sentir envolvido no conceito de "Farra de Rua”.

A Orquestra Mizangala DT tocou de tudo um pouco, não apenas o habitual, o que levantou os ânimos dos "farristas”. No espírito do projecto cultural "Há um Semba em Cada Canto”, a orquestra fez o melhor de si para transportar o espectáculo num palco de recordações.

A banda revisitou muitas canções, com destaque para os temas "Rufo da Liberdade”, "Pensando Conforme o Tempo”, "Luímbi”, "Ngueza”, "Apaixonado por Ti”, "Maínga Mami”, "Robé”, "Mbinza Ixikelela”, "Bilula”, "Primeira Mulher” e "Ula Upe”.

Durante a actuação da banda formada por Joel (solo), Alberto (contra-solo), Dulce Trindade (ritmo e voz), Maravilha  (baixo), Neto Maradona (teclado), Tó Batera (dikanza), Julinho (congas), Raby (bateria), Elisa Coelho e Deandre (voz), Gedeão e Rodrigo (trompete), e Sérgio (trombone) foram  interpretadas outras  canções.

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