O Conselho de Ministros aprovou, esta sexta-feira, a Proposta do Regime do Jurídico do Cofre Geral dos Tribunais, documento que vai solidificar a autonomia administrativa e financeira dos tribunais da jurisdição comum e da Procuradoria-Geral da República.
Angola participou, na quarta-feira, no Rio de Janeiro, Brasil, no acto de formalização e pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no âmbito da Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20, cuja delegação angolana é chefiada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.
A questão dos conflitos na Região dos Grandes Lagos, promoção, protecção e divulgação dos Direitos Humanos devem ser alguns dos temas que vão também constar da agenda da visita do Presidente João Lourenço aos Estados Unidos de América (EUA), onde se vai reunir com o homólogo Joe Biden, na Casa Branca, em Washington, considerou, ontem, no Dundo, província da Lunda-Norte, o especialista em Relações Internacionais Itamba Bavon.
De acordo com o docente universitário, a intervenção de Angola na gestão dos conflitos, manutenção da paz e segurança regional, não só nos países dos Grandes Lagos, como também na África Central, são temas que não vão escapar no encontro entre dos dois estadistas.
"Angola tem sido um país importante no que diz respeito à gestão dos conflitos. Tem trabalhado bastante na manutenção da paz e segurança regional, não apenas nos Grandes Lagos, como também na África Central. Então, no meu ponto de vista, são temas que poderiam ser abordados e que não vão escapar neste encontro entre os dois Presidentes”, disse Itamba Bavon.
A questão que tem a ver com o M23, na RDC, e outros grupos armados que surgem com a intenção de criar instabilidade, é outro assunto que, na opinião do especialista em Relações Internacionais, vai estar à mesa da conversa entre os Presidentes João Lourenço e Joe Biden.
Itamba Bavon realçou que o Governo dos Estados Unidos da América é muito sensível em matérias relacionadas com os Direitos Humanos, liberdades de expressão e de imprensa, onde inclusive apoia financeiramente muitos países, daí acreditar que os referidos temas vão ser analisados, com vista a definição de novas estratégias de actuação, tanto em Angola como noutras paragens.
Questionado sobre o que os países esperam nas relações diplomáticas que remontam há três décadas, o também presidente do Conselho Provincial da Ordem dos Advogados de Angola (OAA) na Lunda-Norte disse existirem interesses nas duas partes.
Referiu que o facto de os EUA serem um país financeiramente estável, vai ser muito útil para o processo de diversificação da economia angolana que, aliás, é um dos principais desafios que o Presidente João Lourenço assumiu.
Além da agricultura, a ajuda dos Estados Unidos da América pode ser importante no ramo da Inteligência Artificial, domínios das armas, mediante o fornecimento, com vista a renovação de equipamentos militares para o reforço da defesa nacional.
Angola é potencialmente rico em recursos naturais, sendo os EUA um país interessado no Petróleo e Gás, daí haver interesses mútuos em se reforçar a cooperação nos domínios Político, Económico e Militar, para o benefício de ambos os Estados.
O especialista em Relações Internacionais considera que o encontro entre os Presidentes João Lourenço e Joe Biden é de extrema importância, uma vez que o Chefe de Estado angolano conseguiu introduzir reformas, cujo paradigma mudou a imagem do país que proporcionou um impacto positivo na melhoria das relações diplomáticas.
Por isso, destacou que estão lançadas as pontes para o reforço da cooperação entre Angola e os Estados Unidos da América, sendo que o encontro entre os dois Presidentes vai contribuir significativamente na melhoria das relações em vários domínios.
De acordo com Itamba Bavon, nenhum país vive de portas fechadas e os EUA têm larga experiência no capítulo das Relações Internacionais onde Angola demonstra também ser um país que está no bom caminho da diplomacia.
A deslocação do Presidente João Lourenço aos EUA para o encontro com o homólogo Joe Biden dissipa dúvidas quanto à proactividade da diplomacia angolana, voltada na projecção do país na arena internacional, considerou o docente universitário.
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