Política

Paulo Pombolo apela ao amor e ao perdão entre os angolanos

Maiomona Artur | Cacuaco

O secretário-geral do MPLA, Paulo Pombolo, apelou, sábado, na localidade da Kilunda, comuna da Funda, município de Cacuaco, província de Luanda, à promoção da paz, do amor ao próximo e do perdão entre os angolanos, de Cabinda ao Cunene, com vista à inclusão da irmandade entre as pessoas.

14/04/2024  Última atualização 08H55
© Fotografia por: DR

O apelo foi lançado durante o acto de abertura da campanha nacional denominada "Abril de Paz, do Amor e do Perdão”, enquadrada no projecto "Mais Angola e Mais Cidadania”. Aquele dirigente partidário acrescentou que a campanha tem como objectivo a sensibilização e mobilização da sociedade angolana em torno da importância da promoção da cultura da paz.

Paulo Pombolo anunciou também a realização, todos os anos, no período de Abril a Agosto, de acções que concorram para o enaltecimento da estrutura psicológica e de representação do cidadão para a necessidade da promoção da paz, do perdão e do amor ao próximo entre os irmãos.

O político fez saber que a iniciativa "Abril da Paz e do Perdão” tem um forte pendor cívico voltado para a promoção da paz, do perdão e da reconciliação nacional, enquanto valores patrióticos inerentes à cidadania responsável e à promoção da fraternidade entre os angolanos em comum respeito pelos símbolos nacionais.

O secretário-geral do MPLA anunciou, por outro lado, que anualmente serão realizadas essas acções de elevação dos valores morais e patrióticos, de Outubro a Dezembro, no quadro do projecto "Mais Angola, Mais Cidadania”, um conjunto de acções que visa contribuir para a exaltação da data da proclamação da Independência Nacional, que é considerada como a primeira grande conquista dos angolanos.

Paulo Pombolo fez lembrar que a paz e o perdão verdadeiros só nascem quando o coração está reconciliado, tranquilo e sossegado, reconhecendo e aprendendo com os erros, mas sempre cientes de que a história não se apaga, mas sim se recorda, razão pela qual, para exercitar esses dois elementos, é necessário reconciliar-se com a vida e com as suas experiências e fraquezas.

Paulo Pombolo reconheceu que às vezes perdoar é difícil e exige humildade e nobreza, mas é o segredo e o bálsamo capaz de retirar o fardo pesado da alma, do consciente e subconsciente e propiciar o caminho da paz e da felicidade.

"Estamos a fazer progressos, a construir uma experiência auspiciosa para darmos o nosso contributo enquanto país, para a resolução de conflitos por via do diálogo, de modo a que a paz e a reconciliação nacional devem ser debatidos entre os angolanos todos os dias”, disse.

Incidentes no Cuando Cubango

Questionado sobre a confusão registada no Cuando Cubango, onde uma comitiva da UNITA terá sido atacada por supostos membros do seu partido, Paulo Pombolo disse que os órgãos de Defesa e Segurança, sobretudo a Polícia Nacional, já estão a trabalhar no sentido de averiguar e encontrar a veracidade do que aconteceu no Cuito Cuanavale.

O político lembrou que pela sua dimensão, o MPLA, na qualidade de pacificador, que lutou para que o país fosse pacificado, tendo dado termo à guerra, não pode ser esse partido a incitar os seus militantes a promover a desobediência, intolerância política, tal como outras forças políticas querem acusar.

"O que se poderá ter ocorrido é uma acção isolada de pessoas que não tenham, ainda, superado os traumas da guerra, não se sintam preparadas para perdoar os horrores da guerra sentidas na carne, com a perda de um familiar próximo ou de um amigo”, referiu.

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