O ministro da Cultura e Turismo enalteceu, esta segunda-feira, "o relevante trabalho desenvolvido por alguns dos nossos grupos teatrais", que do pouco continuam a fazer muito, em prol do teatro no país.
Augusto Cahacaya e António Paulino, acompanhados pelo Conjunto Os Kiezos, animam, amanhã, mais uma edição do projecto “Almoço em Família”, na Praça da Unidade Africana, no bairro Miramar, em Luanda.
A Academia Orquestra Sinfónica Estrelas de África e várias instituições socioculturais portuguesas vão assinar, a partir da próxima terça-feira, em Lisboa, Portugal, diversos protocolos de cooperação para assegurar a realização de actividades e iniciativas destinadas à identificação, estudo, conservação, valorização e divulgação do património musical e cultural angolano da diáspora.
O compositor, um dos defensores da preservação e promoção dos instrumentos musicais tradicionais nacionais, espera que estes acordos possam ser o consolidar das boas relações existentes entre as instituições angolanas e portuguesas e que possam gerar os resultados almejados.
As partes, sublinhou, devem promover e realizar intercâmbios e memorandos entre orquestras, casas de cultura e instituições museológicas. A ideia, ressaltou Soky dya Zenze é poder materializar a essência do projecto N’gola Class que passa pela sistematização do acervo musical angolano e introdução de elementos da matriz cultural angolana numa orquestra.
O objectivo, destacou, é internacionalizar a cultura angolana no exterior por via das canções e clássicos angolanos. Por este meio, defendeu, o mundo vai poder explorar e conhecer melhor a riqueza e diversidade dos ritmos angolanos e atiçar a curiosidade dos pesquisadores e historiadores estrangeiros sobre os mais variados géneros musicais no país.
Desta forma, disse, durante uma semana, aproximadamente, em Portugal, a delegação angolana terá como missão "dar a conhecer as bases rítmicas do semba e outros estilos, tendo como elementos de referência os agrupamentos Os Kiezos, Jovens do Prenda, N’gola Ritmo, N’gola Jazz, Os Negoleiros do Ritmo e outros.
Serão, igualmente, como referência, frisou, músicos que marcaram a época dourada da canção popular angolana nas décadas de 70 e 80, com destaque para o rei Elias dya Kimuezo, Artur Adriano, Artur Nunes, Sofia Rosa, Belita Palma, Dionísio Rocha, Lourdes Van Dúnem, Prado Paim, Robertinho, Zecax, Calabeto, Lulas da Paixão, Carlos Lamartine, Marito, Zé Keno, Didi da Mãe Preta, Gegé Faria, Fatozinha, Dina Santos e outras referências da músicas angolana.
Dentro deste projecto, garantiu, serão feitas algumas apresentações na Europa para mostrar a diversidade e riqueza rítmica da música angolana. "Queremos promover as canções lendárias como fonte de pesquisa das origens da matriz musical e cultural endógena dos povos angolanos”, destacou.
Projecto visa promover as línguas maternas
O director executivo da Orquestra Sinfónica Estrelas de África, Edgard Seleka, explicou que os acordos, enquadram-se no programa do Instituto Cultural Angolano, denominado "N’gola” que tem como objectivo a promoção das línguas maternas angolanas de origem africana no país e no estrangeiro.
Edgard Seleka sublinhou que a intenção da criação do instituto, sob a superintendência da Academia de Artes Orquestra Sinfónica Estrelas de África tem como premissas divulgar o mosaico cultural nacional na diáspora por meio de actividades culturais e artísticas.
O projecto, disse, tem o apoio do Instituto Nacional de Património Cultural, Secretaria de Estado para Cooperação Internacional e Comunidade Angolana, bem como dos Ministérios da Educação, Ensino Superior, Cultura e Turismo, Justiça e Direitos Humanos e Relações Exteriores, para assegurar a coordenação e execução da política cultural angolana no estrangeiro.
Planificação
Nesta primeira fase, referiu, inicialmente, pretende-se criar bases sólidas com parceiros em Portugal, França, Alemanha, Espanha, Bélgica, Noruega, Polónia e Áustria para a implementação do plano de acção do projecto N’gola Cláss, designadamente "Performance Ago. World” e "Caminhos Cruzados”, que visam a promoção de intercâmbio cultural, sobre a codificação das linguagens métricas e expressivas da cultura angolana, no sentido da afirmação da identidade cultural.
Edgard Seleka espera , durante a estadia na Europa, criar "pontes culturais e de intercâmbios”, na perspectiva da valorização das línguas maternas, culturas e artes angolanas.
Desde o ano passado, de acordo com Edgard Seleka, têm sido promovidos vários encontros em que são discutidos "A Filosofia das Métricas Ancestrais para todas as Gerações”, com o objectivo de trazer ao debate a importância da utilização do teor científico e codificação das linguagens expressivas e métricas tradicionais na educação e ensino da arte musical.
Durante os vários encontros a serem realizados em Portugal, explicou, estão previstos, igualmente, debates sobre a importância de maior valorização da vasta e rica cultura angolana, como forma de impulsionar os criadores a explorarem mais os hábitos e costumes nacionais e ajudar na preservação e valorização do património cultural.
O programa inclui debates técnicos sobre a música popular clássica e sinfónica feita no país, assim como uma análise ao tema "Métricas e Ritmos Tradicionais Africanos em Solfejo”.
Longevidade do repertório
Há cinco anos, adiantou, que têm promovido vários debates e oficinas artísticas e técnicas sobre a importância da partitura musical. As dificuldades encontradas, principalmente, pelas orquestras nacionais, segundo Edgard Seleka, estão na dificuldade em conseguir interpretar alguns temas, por falta de uma partitura.
O maestro tem defendido o uso de pautas musicais na composição dos temas, para dar maior autenticidade e originalidade aos textos e permitir que as músicas nacionais permaneçam no mercado por vários anos. "As músicas feitas actualmente com recurso às pautas podem ser regravadas e ouvidas por várias décadas se forem conservados os arranjos e a concepção do produtor. Devem ser antes de tudo analisadas, pensadas e bem elaboradas, no sentido de não ficarem apenas pela interpretação”, justificou.
O director executivo da orquestra reconhece que as poucas escolas de música existentes em Angola têm feito algum trabalho em prol do desenvolvimento e melhoria das composições musicais, apesar de ainda serem necessários outros incentivos.
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