Cultura

Patrícia Faria encerra Festival “Balumuka”

Analtino Santos

Jornalista

A segunda edição do Festival Balumuka encerra hoje marcando cinco dias da festa da música ancestral no Palácio de Ferro, com a cantora Patrícia Faria. O festival, que presta homenagem ao mestre Kituxi, é uma produção de Jorge Mulumba e da Onart.

28/05/2023  Última atualização 07H35
Agenda cultural do Palácio de Ferro © Fotografia por: DR
A abertura acontece nas primeiras horas da manhã com uma feira de exposição de artes. Às 14 horas a oficina criativa de "hungu" com o músico Jorge Mulumba, depois o primeiro momento musical a cargo do grupo coral Kima Kietu, da Casa de Cultura do Rangel Nzinga a Mbandi, liderado por Patrícia Faria, ambos com concertos no palco Rádio Luanda.

Jovens de Caculama, Malamba do Lombe, Kudimuena Kota, Adietu, Kamba Dya Muenhu e Kumbi Lixia são as propostas para apresentarem ritmos e estilos de Luanda, Malange, Cuanza-Norte e Sul, cuja raiz provém da região do litoral corredor do Kwanza.

Ontem, a festa foi encerrada com o som frenético de Socorro, num momento de elevação da cultura do antigo reino do Kongo. Gari Sinedima, Família Chiclé, Coral Lírios,  Ngana Munana, Brilhantes do Kiwba Nzoji e Ngunza Ku Marimba foram outras atracções do dia. 

Nos dias anteriores actuaram Totó ST, Netos de Ngola Mbandi, Doy do Soweto, Mizangala, Gabriel Tchiema, Vindjombas, Jakana, Tua Moneca, MM Yetu e Nguami Maka. Como oradores, estiveram o historiador e antropólogo Filipe Vidal, o percussionista Patrice Lemos "Txitxi” e o professor Gilberto Capitango.  O professor Ginzamba Justino, Makuma Mambo, Jorge Mulunga e Patricio de Lemos orientaram as oficinas criativas de "marimba", "kisanji", "hungu" e "ngoma".

Este ano, o "Balumuka"  consta das comemorações do 25 de Maio, Dia de África, no Palácio de Ferro, sob o lema "Celebremos a nossa arte, preservando o Património Cultural Ancestral e a Cidadania Africana”. A primeira edição aconteceu em Abril do ano passado, em que foi homenageado  o radialista Amaro Fonseca, a título póstumo. O Festival Balumuka-Baluarte da Música Angolana, um evento dedicado à música de raiz angolana, visa valorizar os artistas e instrumentistas que marcam esta corrente rítmica.

"Dizu Dietu" no  Prova D`Art Miramar

O Conjunto Dizu Dietu e o Dj Telmo Fontes foram as atracções do evento em alusão ao Dia de África, quinta-feira, no  Prova D`Art Miramar. Além de música, houve poesia, dança e gastronomia.

O evento, realizado em parceria com a administração municipal de Luanda, de acordo com José Mavenza, porta-voz do Prova D`Art Miramar, tudo foi preparado para "uma grande celebração ao continente".

Um grupo de dança tradicional animou a primeira parte. O Conjunto Dizu Dietu levou a música ao vivo no final da actividade com a introdução de alguns temas africanos e de seguida Telmo Fontes, o DJ que proporcionou música ambiente. Esta foi a segunda passagem da formação que arrancou com concertos regulares às quintas-feiras no projecto "Diversão à Moda Antiga".

O Prova D`Art Miramar regressou com um novo conceito e uma nova equipa de produção artística. O espaço já acolheu Proletário, Os Kiezos, Banda FM, Acácio, Luanda Dread Band, incluindo eventos de música electrónica, "hip hop" e outros da cultura urbana, bem como homenagem ao músico Bangão, numa edição do programa Sons da Banda, da Rádio Luanda.

Gingas do Maculusso

As Gingas do Maculusso estiveram em concerto, sexta-feira, no espaço Bar Bar, no Miramar, com  Gersy Pegado, Josina Stela e Paula Daniela, e com o suporte instrumental da Seven Band.

O grupo fez desfilar os sucessos "Mbanza Luanda”, "Bukula do Marçal”, Kumalange”,  "Fuba”, "Dizanda”, " Mamã Kudilé ( Dont Cry), "Xiyame”,  "Kaluanda, um dois”, "Panguila”, "Hino à Kalandula”, "Kizomba”, entre outros temas dançantes, sem deixar de interpretar,  em noite de Maio, a obrigatória canção "Filhas de África".

A história do grupo está ligada à professora Rosa Roque, que na década de 1980 esteve associada ao movimento da música infantil, com a criação do grupo As Gingas do Maculusso, em 1982, depois fez a transposição para uma formação juvenil que deu guinada à música popular angolana, com enfoque para o semba.

O grupo produziu os discos "Mbanza Luanda”, "Malanje Natureza  e Ritmos”, "Xyami” e "Luachimo”.

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