Sociedade

Parques nacionais recebem grupo de 253 novos fiscais

Pereira Dinis

Um grupo de 253 novos fiscais para áreas de conservação, formados na comuna de Cabo Ledo, província de Luanda, vai desenvolver um intenso trabalho de sensibilização à volta do combate ao abate indiscriminado de animais.

23/05/2021  Última atualização 07H15
“Soldados do ambiente” receberam formação na Escola de Forças Especiais de Cabo Ledo © Fotografia por: Eduardo Pedro | Edições Novembro
Os 253 fiscais, dos quais 20 do sexo feminino, participaram, na Escola de Forças Especiais, no Cabo Ledo, num curso de sete semanas, que chegou ao fim oficialmente na sexta-feira, numa cerimónia presidida pela secretária de Estado do Ambiente.
Paula Coelho recomendou aos novos fiscais, que vão ser colocados nos parques nacionais do Maiombe, (Cabinda), Cangandala (Malanje) e Quiçama (Luanda), a respeitarem o Código de Conduta e Ética dos "soldados ambientais”.
A secretária de Estado do Ambiente afirmou que os novos fiscais de áreas protegidas em Angola estão preparados para fazer, primeiro, um trabalho de sensibilização junto das comunidades circunvizinhas.


Dirigindo-se aos novos fiscais, Paula Coelho acentuou que, embora tenham tido aulas de armamento, de tiro e táctica, "não há necessidade do uso da arma”, sendo a sensibilização o primeiro trabalho a ser feito.
A secretária de Estado do Ambiente lembrou que a caça furtiva é crime, daí ter sublinhado que quem o praticar "vai ser levado às barras do Tribunal”.
Já a directora do Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação informou, em declarações ao Jornal de Angola, que não há ainda uma data para a realização do próximo curso para fiscais de áreas protegidas.
Albertina Nzuzi adiantou que o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente já está a projectar mais um curso, porque "o ecossistema, a flora e a fauna devem ser protegidos a todo o custo”.
O comandante da Escola de Formação de Forças Especiais, brigadeiro Amílcar Chicapa, disse aos novos fiscais que a conclusão do curso não põe fim à "grande caminhada”, que é "aprender, aprender sempre”, respeitando as normas do "soldado ambiental”.


"Não exagerem quando estiverem em plena função”, aconselhou o brigadeiro Amílcar Chicapa.
Na conversa entre o Jornal de Angola e alguns dos 253 novos fiscais saltou à vista a prontidão do grupo em entrar em acção para aplicar os ensinamentos que receberam no curso, que está enquadrado no projecto "Expansão e Fortalecimento do Sistema de Áreas Protegidas em Angola”.


O projecto é implementado pelo Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação, do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, em parceria com o Fundo Global para o Ambiente, Ministério da Defesa e Veteranos da Pátria e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Na cerimónia de encerramento do curso estiveram altas patentes das Forças Armadas Angolanas (FAA) e da Polícia Nacional, funcionários seniores do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente e o representante residente do PNUD em Angola, Edo Stork.

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