Pelo menos 42 pessoas morreram no Quénia depois de uma barragem ter rebentado a norte da capital Nairobi, em consequência das fortes chuvas que se registaram, anunciaram, esta segunda-feira, as autoridades locais.
O Alto Conselho para a Comunicação (CSC) do Burkina Faso decidiu "suspender a transmissão dos programas da televisão internacional TV5 Monde, por um período de duas semanas", informou, domingo, em comunicado enviado à agência de notícias France-Presse (AFP).
O Presidente francês, Emmanuel Macron, frisou, terça-feira, que o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia não deve "ser descartado" no futuro, anunciando ainda uma coligação para a entrega de mísseis de médio e longo alcance a Kiev.
Ainda antes do encontro, o Primeiro-Ministro eslovaco, Robert Fico, avançou que alguns países ocidentais estão a considerar acordos bilaterais para enviar tropas para a Ucrânia.
O Chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, por sua vez, insiste no envio de forças militares para a Ucrânia, embora tenha reconhecido que neste momento não há consenso a esse respeito.
"Não há consenso hoje para enviar tropas terrestres de forma oficial, assumida e endossada. Mas, dinamicamente, nada deve ser excluído. Faremos tudo o que for necessário para garantir que a Rússia não possa vencer esta guerra", explicou o Presidente francês, citando uma "ambiguidade estratégica" que aceita.
"Não disse de todo que a França não era a favor disso", vincou ainda. Macron aludiu a "cinco categorias de acção" nas quais as autoridades europeias concordaram em investir recursos: "a ciberdefesa, a co-produção de armas e munições na Ucrânia, a defesa dos países directamente ameaçados pela Rússia, em particular, a Moldávia, e a capacidade de apoiar a Ucrânia na sua fronteira com a Bielorrússia e em operações de desminagem".
O governante apontou que os aliados de Kiev devem "fazer mais" no que diz respeito ao envio de recursos militares para a Ucrânia. "Existem várias opções em cima da mesa, como a emissão conjunta de dívida" para a Ucrânia, explicou.
Considerado a "prioridade das prioridades" as munições, Macron garantiu que os aliados estão "determinados a chegar ao fim das reservas disponíveis". "De acordo com a nossa análise (...). A Rússia continua a guerra e a sua conquista territorial, contra a Ucrânia, mas contra todos nós em geral (...). Estamos convencidos de que a derrota da Rússia é essencial para a segurança e a estabilidade em Europa", sublinhou.
O Primeiro-Ministro português assegurou, depois do encontro de alto nível, que "não há nenhum cenário em que essa questão se tenha se tenha colocado", para o envio de tropas por países da OTAN. António Costa comparou a invasão russa da Ucrânia à ocupação de Timor-Leste pela Indonésia, afirmando esperar que o direito internacional prevaleça em território ucraniano.
Dois dias depois de se terem assinalado os dois anos da invasão russa do território ucraniano e numa altura em que a Ucrânia corre risco de ficar sem liquidez no final de Março, o Presidente francês convocou uma reunião de alto nível em Paris para analisar os meios disponíveis para reforçar a cooperação entre os parceiros no apoio à Ucrânia.
Governo alemão nega envio de mísseis Taurus
O chanceler alemão, Olaf Scholz, rejeitou, ontem, o pedido da Ucrânia para a entrega de mísseis Taurus de longo alcance, defendendo que não pode seguir o exemplo de França e Reino Unido porque "não seria responsável".
"É uma arma de muito longo alcance, e o que está a ser feito em termos de selecção de alvos e de apoio a ataques por parte dos britânicos e franceses não pode ser feito na Alemanha", frisou Olaf Scholz à agência de notícias alemã DPA.
Para o chefe do Governo alemão, "não seria responsável" participar da mesma forma na gestão destes mísseis, acrescentou, alertando para o risco de a Alemanha se encontrar "de alguma forma envolvida directamente" na guerra.
"Os soldados alemães não devem, em caso algum e em nenhum lugar, estar ligados aos alvos alcançados por estes sistemas", explicou Olaf Scholz. "O que fazem outros países, que têm outras tradições e outras instituições constitucionais, é algo que não podemos fazer na mesma medida", acrescentou.
Os mísseis Taurus alemães têm um alcance de mais de 500 quilómetros e poderiam, por isso, caso a Ucrânia tivesse acesso a estes, atingir alvos bem dentro do território russo. Por esta razão, Berlim tem recusado ao longo dos últimos meses fornecer este tipo de mísseis a Kiev, por receio de que o conflito se estendesse ao território russo, levando potencialmente a uma escalada.
Em contrapartida, o míssil de longo alcance Storm Shadow/Scalp, desenvolvido em paralelo pelos britânicos e franceses, tem sido entregue à Ucrânia. Desde maio do ano passado que Kiev obteve estes mísseis com alcance de 250 quilómetros, entregues pela França e pelo Reino Unido, bem como mísseis ATACMS norte-americanos, com alcance de 165 quilómetros.
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