Economia

Parceiros do Governo financiam 70 por cento dos projectos inscritos no PDN 2023/2026

Ana Paulo

Jornalista

Setenta por cento dos projectos inseridos no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023/2026) vão ser financiados por parceiros nacionais e internacionais de desenvolvimento para o Governo, anunciou, ontem, em Luanda, o ministro da Economia e Planeamento.

01/12/2023  Última atualização 09H35
Títular da Economia e Planeamento (ao centro) durante o encontro © Fotografia por: Vigas da Purificação| Edições Novembro
Mário Caetano João, que falava num Encontro Metodológico com parceiros internacionais estratégicos do Governo, indicou que metade desses projectos corresponde a investimento  directo estrangeiro (IDE) no sector não petrolífero e que apenas 30 por cento do total previsto no PDN tem financiamento coberto pelo Orçamento Geral do Estado.

Cerca de 10 por cento do financiamento é assegurado por investimento directo estrangeiro para o sector petrolífero, algo já executado num volume que ascende a cerca de 90 por cento do previsto, de acordo com o ministro da Economia e Planeamento.

Mário Caetano João destacou a participação da banca comercial em cerca de 9,00 por cento do financiamento e que perto de 1,00 por cento tem origem em poupanças individuais.

O que se pretende, apontou, é que cada dólar que for investido no país tenha impacto na vida das populações, de onde decorre o incentivo a todos os parceiros de desenvolvimento a participarem e a executarem as prioridades plasmadas no PDN 2023/2026.

Mário Caetano João reconheceu que os parceiros têm proporcionado financiamentos para que o Estado possa avançar em infra-estruturas produtivas, principalmente, no domínio da viabilização da produção nacional.

Um dos contributos destacados é o Banco Mundial, que estabeleceu uma linha de financiamento de 100 milhões de dólares para apoiar a agricultura comercial, auxiliando  o sector privado a expandir operações no domínio da produção agro-alimentar.

O financiamento da instituição multilateral cobre o projecto "Diversifica Mais”, com o emprego de cerca de 300 milhões de dólares em infra-estruturas ao longo do Corredor do Lobito.

"Temos de ser disruptivos o suficiente para que possamos criar um ambiente de negócios para que os parceiros possam trabalhar com o Governo de forma mais produtiva”, defendeu Mário Caetano João, que manifestou satisfação por mais de 40 terem participado na elaboração do PDN "com contribuições valiosas”.

 
1 - Willian Butterfild /                           2- Willian Butterfild /                 3- Juan Carlos Alvarez

REACÇÕES
Organismos internacionais elogiam a concepção do plano plurianual

Zahira Virani | Coordenadora residente das Nações Unidas

"O PDN é um instrumento que está bem alinhado à Agenda 2030 e com os 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). Felicito o Executivo pela elaboração do plano, porque é integrado no que toca à monitorização e coordenação, com a participação do Governo, sociedade civil, parceiros nacionais e internacionais, para que possamos atingir as metas desejadas”.

Willian Butterfild | Representante residente da USAID

"Como a Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos, vamos apoiar o novo PDN com recursos e assistência técnica. Temos projectos por desenvolver em vários sectores, com destaque para o desenvolvimento do capital humano, Saúde, inclusão financeira e Agricultura, onde temos vários investimentos para apoiar os camponeses, com prioridade nas mulheres”.

Juan Carlos Alvarez | Representante do Banco Mundial

"Os parceiros de desenvolvimento internacionais são fundamentais para que os apoios ao Governo em diferentes projectos estratégicos continuem. Entendemos que o PDN é um plano para o garante do futuro dos angolanos. Logo, o Banco Mundial prima pelas prioridades deste documento, neste quadro de cooperação, estamos alinhados, porque temos projectos nos sectores da Agricultura, Saúde, Protecção Social e outros”.

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