Economia

Paragem do Bloco 17 visa garantir eficiência operacional e reduzir perdas

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) esclareceu, esta quarta-feira, através de uma nota enviada às redacções, ao que chama de imprecisões postas a circular em alguns meios de comunicação social, sobre a paragem programada agendada para o período entre 20 de Fevereiro e 26 de Março, no FPSO Dália do Bloco 17.

02/02/2023  Última atualização 08H28
© Fotografia por: DR

O referido bloco é operado pela TotalEnergies e produz em média 120 mil barris de petróleo por dia (KBPD).

Na qualidade de Concessionária Nacional, a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG) fez saber que, ao contrário do que se especula utilizando fontes externas ao sector petrolífero, se trata na verdade de uma manutenção preventiva (por isso, programada) dos equipamentos, visando garantir precisamente a eficiência operacional e a redução de perdas de produção.

Estas paragem decorre no âmbito de um programa de trabalhos de periodicidade anual, aprovado pela ANPG e pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET).

Por se tratar de uma paragem programada, o seu impacto está desde logo acautelado nas projecções de produção estabelecidas pelas autoridades angolanas com os investidores que fazem parte do Grupo Empreiteiro do Bloco 17, não afectando os compromissos da oferta do petróleo angolano no mercado internacional.

Sublinhe-se que a filosofia de operações das instalações petrolíferas contempla a realização de trabalhos para a manutenção preventiva dos equipamentos essenciais ou críticos, com paragem completa ou parcial das instalações a cada quatro, cinco ou seis anos, por um período temporal que varia de 20 a 45 dias. A manutenção inclui diversas intervenções, como a substituição de peças, equipamentos para motores, turbinas, equipamentos eléctricos, instrumentos de controlo, limpeza, pintura, entre outros.

No caso específico do FPSO Dália, a operação envolve mais de 500 técnicos especializados, entre colaboradores da TotalEnergies e prestadores de serviços, observando-se os elevados padrões de segurança, higiene e ambiente em vigor na indústria de petróleo e gás.

O Bloco 17 é operado pela TotalEnergie com uma participação de 38 por cento, juntamente com a Equinor (22,16), ExxonMobil (19), BP Exploration Angola Ltd (15,84) e Sonangol P&P (5,0). O Grupo Empreiteiro opera quatro FPSOs nas principais áreas de produção do Bloco, nomeadamente Girassol, Dália, Pazflor e CLOV.

A Estratégia de Exploração de Hidrocarbonetos de Angola 2020-2025 instituiu a mobilização 867 milhões de dólares em investimentos, repartidos em 679 milhões para a aquisição de dados geofísicos na modalidade multicliente, e 188 milhões para estudos com recurso à dotação orçamental da ANPG.

O documento preconiza um impacto desses investimentos na reversão do declínio produção nacional de crude, com a identificação de oportunidades nas proximidades das instalações de produção e dentro das áreas de desenvolvimento, bem como de descobertas marginais, a médio e longo prazos.

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