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Papa diz que Ucrânia não pensa em mediação porque se sente forte

O Papa Francisco considerou hoje que a Ucrânia não está a ponderar uma mediação para a paz porque sabe que "tem uma força própria muito grande", enquanto Moscovo disse apreciar essa tentativa de mediação.

27/05/2023  Última atualização 10H30
Papa Francisco © Fotografia por: DR

"Eles não sonham tanto com mediações, porque o bloco ucraniano é realmente muito forte. A Europa toda, os Estados Unidos. Ou seja, eles têm uma força muito grande", argumentou Francisco numa entrevista, dias depois de ter recebido no Vaticano o Presidente Volodymyr Zelensky.

Após esse encontro, o Presidente ucraniano garantiu que não precisava de intermediários e pediu ao Papa para aderir à sua fórmula de paz, que inclui a retirada das tropas russas de todos os territórios.

Na altura, Francisco respondeu que "não era esse o tom da conversa” e esclareceu que o líder ucraniano lhe pediu "um favor muito grande”, ou seja, que tratasse de cuidar das crianças que foram levadas para a Rússia, referindo-se à alegada deportação de milhares de jovens.

"Ele está muito magoado com esta situação e pediu colaboração para tentar conseguir que os meninos voltem para a Ucrânia", disse o Papa na entrevista hoje divulgada.

Questionado sobre se acha que a Rússia deve devolver os territórios ocupados, Francisco limitou-se a responder que se trata de "um problema político".

"A paz será alcançada no dia em que eles puderem conversar, seja os dois ou através de outros", defendeu o Papa.

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