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Países vizinhos vão lançar operações contra Al Shabaab

Os principais líderes de Djibuti, Etiópia e Quénia concordaram em iniciar operações de “busca e destruição” nas fronteiras dos seus países com a Somália, de maneira a expulsar os militantes do Al Shabaab que operam na área.

03/02/2023  Última atualização 07H00
© Fotografia por: DR

A medida resulta de uma ofensiva do Governo Federal da Somália contra o grupo afiliado a Al Qaeda nos últimos meses.

O Governo de Mogadíscio retomou o controlo de várias cidades e aldeias no centro da Somália com a ajuda do Governo americano, milícias de clãs aliados e forças pertencentes aos governos regionais da Somália.

Quer o Presidente do Quénia, William Ruto, quer o Presidente do Djibuti, Ismail Omer Guelleh, e o Primeiro-Ministro da Etiópia, Abiy Ahmad, encontraram-se com o seu homólogo somali, Hassan Sheikh Mohamud, em Mogadíscio para concertar as medidas de segurança de maneira a enfraquecer o Al Shabaab.

"O grupo concordou em criar uma estratégia e organizar em conjunto uma campanha operacional robusta no nível dos Estados da linha de frente, de busca e destruição em várias linhas de frente visando redutos de Shabaab no Sul e Centro da Somália”, segundo o comunicado conjunto emitido no final do encontro.

"A campanha sensível ao tempo impedirá qualquer infiltração futura de elementos na região”, disse o comunicado, sem fornecer detalhes sobre a operação.

Os três países também contribuem com tropas para a Missão de Transição Africana na Somália (ATMIS), uma força de paz liderada pela União Africana.

O Al Shabaab luta desde 2006 para derrubar o Governo da Somália e estabelecer o seu  governo com base na sua interpretação estrita da lei islâmica, a Sharia.

O grupo terrorista lançou desde 2022 ataques significativos contra hoteis, bases militares e estabelecimentos governamentais na Somália, apesar de encontrar resistência relativamente bem-sucedida do Governo.

Na quarta-feira, o Al Shabaab lançou morteiros num distrito próximo ao escritório do Presidente Hassan Sheikh Mohamud, onde estava a ser realizada a reunião com outros chefes de Estado.

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