A avaliação foi feita, ao Jornal de Angola, durante um jantar organizado pela comunidade francófona residente em Angola, alusivo ao mês da Francofonia.

No caso particular da cooperação entre Angola e Marrocos, a embaixadora do país árabe, Saadia El Alaoui, disse que, no capítulo das trocas comerciais, apesar da ausência de dados estatísticos, a realidade vai mudar, com o regresso dos voos comerciais entre Luanda e Rabat, às segundas, quartas e sextas-feiras.

A diplomata acrescentou que os dois países vão continuar a trabalhar nos instrumentos legais para dinamizar as trocas comerciais, que conheceram um incremento na exportação de madeira de origem angolana para Marrocos, bem como fertilizantes deste país para Angola.

Além das trocas comerciais, decorrem, igualmente, diligências para melhorar o intercâmbio no domínio dos petróleos e serviços.

Quanto à emissão de vistos para Marrocos, Saadia El Alaoui garantiu que são necessárias apenas 24 horas, para os passaportes ordinários, enquanto que os passaportes diplomáticos e de serviços estão isentos.

Para o embaixador da Guiné Equatorial, Protasio Edu Edjanga Ennaga, Angola consta entre os principais parceiros estratégicos nas relações Sul-Sul no continente.

O diplomata considerou excelentes as relações entre os dois países e vai reforçar o intercâmbio existente no domínio militar, ciência, segurança e agricultura e formação de recursos humanos.

Entre os desafios apontou a necessidade de um acordo de cooperação no domínio dos transportes para ligar Luanda a Malabo e reforçar as trocas comerciais entre os dois países.

Lembrou que o seu país é o único falante de espanhol no continente africano, razão pela qual aderiu à Organização da Francofonia em 1985, quatro anos depois de tê-lo feito na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Rayan Aidibi, agente consular do Líbano na África do Sul, participou igualmente no evento. Disse que o mesmo vai permitir o reforço das relações entre os países francófonos com representação em Angola.

Aidibi, empresário residente em Angola há mais de 20 anos, agradeceu o acolhimento recebido das autoridades e povo angolanos durante este tempo.

Ressaltou que a comunidade libanesa residente em Angola actua, sobretudo, nos segmentos do comércio, indústria produtiva e transformadora, considerados motores para o progresso da economia angolana.

Participaram do evento diplomatas, homens e mulheres de negócios de vários países falantes da língua francesa, além de outros Estados não falantes, como Angola, Rwanda, Egipto, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Líbia, e Vietname.