Economia

País tem quase 24 milhões de subscritores móveis

Waldina de Lassalete

Jornalista

Angola tem 23.977.537 subscritores móveis, o que representa uma taxa de penetração de 69,79 por cento de acordo com números apresentados, sexta-feira, em Luanda, pelo director nacional de Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Matias Borges.

16/09/2023  Última atualização 11H59
Director nacional das Telecomunicações © Fotografia por: Santos Pedro| Edições Novembro
Os dados, referentes a Dezembro de 2022 e divulgados no 6º Fórum Telecom, organizado pelo jornal "Expansão”, indicam também que apenas 29 por cento da população têm acesso a Internet ao domicilio e 25 por cento a TV por assinatura.

O director nacional declarou que o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS) pretende trabalhar com esses indicadores para alcançar bons resultados a nível do serviço de quinta geração (5G) até 2027.

Com base nesses dados, os desafios que colocam ao país residem estabelecer formas de levar os serviços de telecomunicações às populações das localidades mais remotas, assim como a modernização do sistema eléctrico em muitos sites, apontou Matias Borges.

Outro desafio é a construção de um satélite de observação da terra para o auxílio à agricultura e à monitorização de derrames de petróleo no mar, além da migração da televisão analógica para o digital, um processo em que se está a trabalhar com o Japão, com vista à contratação de financiamento.

O director considerou importante a construção de dois data center para interligar todos departamentos ministeriais, garantindo que os dados do Governo são melhor tratados se estiverem todos agrupados.

"A visão estratégica do sector está focada nos grandes desafios, onde o principal desafio é cobrir o 1.246.700 quilómetros quadrados do território nacional”, frisou.

Financiamento

O director executivo da EY ANGOLA, Filipe Colaço reforçou sobre a necessidade das instituições melhorarem a organização interna a fim de obterem mais financiamentos, notando que financiadores internacionais que pretendem investir no país deparam-se com dificuldade na concretização do projectos por haver, no país, uma organização que os torne atractivos.

"Temos que  fazer o trabalho de casa, ter os processos bem definidos, uma organização capaz de fazer um reporte financeiro e de sustentabilidade adequado, devemos fazer uma revolução neste sentido”, declarou, lembrando os avanços registados entre os parceiros africanos de Angola.

O consumo digital é uma realidade que tem vindo a acelerar nos últimos anos: em 2020, fez saber, a África concentrou, 8, 5 mil milhões de dólares de investimentos em telecomunicações, mercê de a população jovem e urbanizada que está a potenciar o crescimento da economia digital, a qual terá uma contribuição de 180 mil milhões de dólares no PIB do continente.

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