Economia

País reduz as importações em 100 milhões de dólares

Ana Paulo

Jornalista

Os licenciamentos às importações de produtos da cesta básica e outros bens essenciais, no mês de Dezembro de 2020, registaram uma redução de aproximadamente 100 milhões de dólares, comparativamente a igual período de 2019.

19/01/2021  Última atualização 10H40
Os números registados reflectem as muitas oportunidades que o mercado ainda oferece © Fotografia por: Edições Novembro
Segundo um documento da Direcção Nacional do Comércio Externo a que o Jornal de Angola teve acesso, no mês de Dezembro de 2019, os pedidos licenciados (intenção) totalizaram USD 250.057.159 ao passo que no mesmo mês, mas já em 2020, o valor registado foi de 152.008.683 dólares. O documento apreciado no recente Conselho de Direcção do Ministério da Indústria e Comércio mostra que, no período em comparação (Dezembro de 2019 e 2020), houve uma redução assinalável nas quantidades de bens importados, ao cair de 2,5 milhões para 583,3 mil toneladas.

Óleos de palma e alimentar

Ainda de acordo com os dados do Ministério da Indústria e Comércio, o sector licenciou a intenção de importação de óleo de palma no valor de 21 milhões de dólares, em Dezembro de 2020, e mais de 28 milhões de dólares em óleo alimentar. De acordo com a directora Nacional do Comércio Ex-terno, Augusta Fortes, citada na nota, para alguns produtos, como o  óleo de palma e arroz corrente, alguns dos números ainda se justificam pelo facto desses produtos servirem igualmente como matéria-prima para alguma indústria, como é o caso, por exemplo, do arroz corrente, usado também na indústria cervejeira.

Conforme justificam, o óleo de palma é, igualmente, usado na produção do leite condensado. Quanto aos restantes produtos, nota-se uma redução considerável na importação da maioria, em comparação ao período homólogo. Para o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, também citado no documento, os números reflectem as muitas oportunidades que o mercado ainda oferece para investimentos, sobretudo na indústria transformadora.
O ministro disse haver, entretanto, uma margem suficiente para se investir na produção local de óleo alimentar e óleo de palma que pode ser aproveitada pelos investidores.

Maior precisão

Na edição da última quinta-feira, 14, publicada na página seis deste diário, registou-se uma imprecisão de dados apresentados sobre os indicadores do licenciamento à importação. Tal facto poderá ter induzido os leitores a conclusões erradas. Na publicação, falou-se de 49 milhões de dólares para a importação de bens alimentares quando tal valor era somente relativo à importação dos óleos de palma e alimentar, respectivamente.

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