Sociedade

País precisa de 217 milhões de dólares para desminagem

Alberto Quiluta

Jornalista

Angola precisa de 217 milhões de dólares para desminar as 1.039 áreas identificadas com minas, disse, terça-feira, em Luanda, o director-geral da Agência Nacional de Acção contra Minas (ANAM), Leonardo Sapalo.

06/12/2023  Última atualização 11H52
Especialistas reuniram para avaliar o Sistema de Gestão de Informação para Acções contra as Minas © Fotografia por: Rafael Tati | Edições Novembro
O brigadeiro disse, na abertura de um seminário de avaliação sobre o Sistema de Gestão de Informação para Acções contra as Minas (IMSMA)”, que as províncias com maiores zonas minadas são o Cuando Cubango, Cuanza-Sul, Bié e Moxico.

Actualmente, referiu, a ANAM está a trabalhar com os Governos do Zaire e do Huambo, para criar condições e declarar essas províncias como livres de áreas minadas. No próximo ano, adiantou, a agência vai criar e apresentar um "mapa verde”, com as áreas livres de mina, de forma a garantir uma melhor circulação de pessoas e bens.

O seminário, defendeu, vai ajudar a dotar os participantes de ferramentas que os permitam elaborar os mapas e outros projectos de acção contra as minas.

Com a verba disponível, garantiu, é possível, dentro de um ano ou dois, colocar o país livre de minas. Contudo, defendeu, os parceiros nacionais e internacionais devem continuar a mobilizar recursos, por via de acções bilaterais e multilaterais para a cobertura das necessidades financeiras. "Mesmo sem recursos, temos que fazer futuramente a desminagem residual, porque há áreas que ainda ninguém conseguiu descobrir, que têm minas”, referiu, além de realçar que foram mais de 14 organizações militares que minaram o país de forma diversas. "Portanto, o processo de desminagem ainda vai levar algum tempo”.

O seminário contou com a presença de técnicos do Centro Internacional de Desminagem Humanitária de Genebra, que foram os facilitadores, num acto feito em parceria com a Agência Nacional de Acção contra Minas (ANAM).

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