Política

País oferece ambiente empresarial mais atraente

Adelina Inácio e Edna Dala

Jornalista

O embaixador dos Estados Unidos da América em Angola considerou, ontem, fundamental o papel da Comunicação Social no desenvolvimento do Estado, destacando, nesse contexto, a dimensão da Edições Novembro, proprietária de vários títulos, com realce para o Jornal de Angola.

29/03/2023  Última atualização 08H55
Diplomata Tulinabo Mushingi recebeu do presidente do Conselho de Administração, Drumond Jaime, explicações do funcionamento da empresa © Fotografia por: Edições Novembro

Tulinabo Mushingi, que teceu as declarações no final da visita guiada às instalações da Edições Novembro, acompanhado por membros do Conselho de Administração, garantiu que os Estados Unidos da América, através da sua Embaixada, procuram identificar áreas para, em conjunto com o Executivo angolano, melhorar o sector da Comunicação Social.

Citando o Presidente da República, João Lourenço, na sua afirmação é preciso "trabalhar mais e comunicar melhor”, o diplomata referiu que "a Comunicação Social é muito importante para se atingir este objectivo”. Dosprogramas de intercâmbio, disse, a Embaixada dos EUAtem avaliado a melhor forma de continuar a apoiar os jornalistas angolanos.

"Os jornalistas precisam, por exemplo, de dominar a língua inglesa, e, nesse sentido, a Embaixada norte-americana tem escolas, devidamente apoiada por uma biblioteca, onde as pessoas podem fazer consultas”, frisou, acrescentando que, "se pudermos apoiar mais na área da comunicação, vamos fazê-lo”.

Em relação aos desafios para com o sector da Comunicação Social, o embaixador norte-americano disse que o seu país está a trabalhar, neste momento, com a Rádio Nacional de Angola na digitalização, para que possa alcançar o maior número de ouvintes no território nacional.

O embaixador Tulinabo Mushingi disse que o objectivo é dar às pessoas maior informação, para que possam participar e contribuír no desenvolvimento do país.

 EUA vão ajudar a promover a segurança na região

Os Estados Unidos vão ajudar Angola na promoção da segurança nacional, regional e internacional, garantiu o embaixador Tulinabo Mushingi.  "Vamos trabalhar em três pilares fundamentais da nossa cooperação. Neste momento, estamos a trabalhar na área da segurança, para que Angola continue a ser um promotor da segurança nacional, regional e internacional”, disse.

O diplomata americano elogiou o papel desempenhado por Angola na paficação da tensão entre a RDC e o Rwanda, na República Centro Africana, com impacto na estabilidade da região.

Tulinabo Mushingi reafirmou o apoio dos Estados Unidos da América no combate à corrupção. "Os Estados Unidos da América vão continuar a apoiar os esforços do Gover-no angolano para combater a corrupção, porque a mesma rouba o que se devia servir ao povo”, salientou.

Por não ser uma tarefa fácil, reconheceu os esforços do Executivo no combate contra a corrupção. O dipolomata lembrou da visita ao país do subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira dos EUA, efectuada o ano passao, com o propósito de discutir formas de fortalecimento, viradas ao crescimento económico e a atracção de investimento americano.

A luta contra a corrupção, acrescentou, é um dos pilares da política dos Estados Unidos sobre a boa governação. "Quan-

do falamos de boa governação, estamos a ver como cada país está a combater a corrupção”, explicou.

O embaixador Tulinabo Mushingi considerou positivo os 30 anos das relações Angola/EUA. O diplomata lembrou que, em 1993, altura da abertura da Embaixada dos Estados Unidos em Angola, a missão começou com uma equipa reduzida e, actualmente, conta com sete diferentes agências.

 Maior instalação de painéis solar

Tulinabo Mushingi disse que o investimento do grupo Sana África, estimado em 1,5 mil milhões de dólares, no domínio das energias renováveis, vai permitir que Angola tenha no fim deste programa a maior instalação de painéis solar da África subsaariana. O investimento, acrescentou, vai ajudar, não apenas a atingir o objectivo sobre as mudanças climáticas, por se tratar de um projecto que vai contribuir no processo de transição para energia limpa e renovável.

O embaixador falou, também, sobre a construção da refinaria do Soyo, uma infra-estrutura que será construída por uma grande companhia americana, cujo orçamento ronda os 3,5 mil milhões de dólares. A Refinaria, segun-do o embaixadfor Tulinabo Mushingi, vai ser uma estrutura moderna e com alto recurso tecnológico.

País oferece ambiente empresarial mais atraente

O diplomataTulinabo  Mushingi acentuou, durante a curta entrevista, que as companhias americanas que operam no país têm estado a promover um ambiente empresarial cada vez mais atractivo.

Questionado sobre as principais acções que marcam a cooperação entre os dois Estados, que vai assinalar no próximo mês de Maio 30 anos desde o estabelecimento das relações diplomáticas, o responsável elegeu, entre várias áreas, o sector económico.

Acrescentou que, nos últimos dois anos, e com o surgimento da pandemia da Covid-19 em todo mundo, todas as economias sofreram. "Estamos agora a tentar recuperar a nossa economia, e quiçá do mundo. É uma questão muito importante para nós veremos como todas economias, incluindo a de Angola, podem se recuperar dos choques resultantes da pandemia”, salientou. Os Estados Unidos da América doou mais de 10 milhões de doses de vacina ao país, no quadro do combate à Covid-19, porque "acreditamos que, ao combatermos a doença em Angola, estaremos a combater a pandemia no nosso país”. Um outro ponto que o diplomata considerou muito importante, é o investimento no sector da Saúde, revelando que o Governo dos Estados Unidos investiu no combate à malária cerca de 19 milhões de dólares, anualmente.

Ainda na área da Saúde,  o embaixador Tulinabo Mushingi disse que o Estado norte- americano tem um investimento estimado em 13 milhões de dólares para combater o VIH/Sida.

Para o embaixador dos Estados Unidos da América em Angola, a última característica para o investimento privado americano é a transparência. "Quando Angola for assinar qualquer contrato connosco, saberão bem o que está dentro deste contrato, o que Angola vai receber e o que a companhia vai igualmente subtrair”, afirmou.

Adiantou que, cada companhia americana que investir em Angola vai transferir tecnologia para o angolano, criar emprego e fazer uso do conteúdo local, um aspecto plasmado na legislação angolana”, concluiu o embaixador dos Estados Unidos.

 

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