Economia

País importa menos combustível

O país importou, em 2020, menos combustível para o consumo do mercado interno, apurando uma aquisição de 16 milhões de barris, contra os 18 milhões de 2019, numa queda estimada de 11 por cento, segundo dados apresentados ontem, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração da Sonangol.

07/03/2021  Última atualização 12H07
Petrolífera estatal angolana, já não se compra JET A1 e gás doméstico © Fotografia por: DR
Sebastião Gaspar Martins disse que embora bastante influenciada pelo fecho dos mercados causados pela pandemia da Covid-19, a menor aquisição de combustível é também vista pela petrolífera estatal como uma oportunidade para reforçar a acção operacional e elevar a quota de mercado, que se quer nos 10 por cento até 2027.

Nesse sentido, o Conselho de Administração da Sonangol garantiu a entrada, este ano, de operações de três novos blocos petrolíferos e o reforço da capacidade interna de refinação e armazenamento.
Todavia, no ano passado, também houve menos processamento de petróleo bruto, tendo a actividade diária baixado de 51.848 (2019) para 47.482 (2020).
A produção combinada de fuel oil e gasóleo, segundo dados da petrolífera, representou mais de 55 por cento da produção total de refinados, durante o ano.

Produção Bruta cumpre meta em 78 por cento
A meta de produção diária de petróleo bruto do país foi alcançado em 78 por cento.
Segundo o relatório da Sonangol, apesar de uma variação global negativa de 2,3 por cento, devido a maturidade dos reservatórios e problemas operacionais adjacentes, o ano de 2020 viu registar a entrada da petrolífera em outros blocos, no caso o 15 e 17, respectivamente.
Da produção apurada, 8.235 barris/dia resultaram da actividade dos blocos operados, enquanto 228.707 são de blocos não operados (companhias internacionais).
Em termos de indicadores, no quesito actividade de exploração, em 2020, não se registou a perfuração de poços, contrariamente a 2019, ano em que foram explorados sete (7) e avaliado um (1).
80 postos de abastecimento vão ser reformulados.

O presidente do Conselho de Administração da Sonangol anunciou ontem, em Luanda, que um total de 80 postos de abastecimentos espalhados pelo país vão ser remodeladas as equipas de gestão, para garantir um melhor funcionamento destes operadores.
Sem ter precisado, as localidades dos respectivos postos, Sebastião Gaspar Martins disse ainda que 19 novos postos vão ser implantados este ano, no quadro das estratégias conjuntas definidas com o Instituto Regulador, para atender a procura, sobretudo na Região Leste.
Este procedimento deverá resultar de um concurso a ser lançado para o estabelecimento de parcerias para a gestão das placas, lojas, estação de serviços, serviços e pneus e restaurantes, além de fornecimento de produtos para as lojas de conveniência.

Dados publicados no relatório da petrolífera avançam que Luanda é a província com mais bombas de combustíveis, 345 no total, seguida por Benguela 96; Huambo, 71; Huíla, 58 e o Uíge com 47. Há ainda 46 postos de abastecimentos no Uíge, 40 na Lunda-Norte, 37 no Cuanza-Sul, 35 em Cabinda, 32 no Moxico, 31 em Malanje, 26 no Bié, 18 no Namibe, 17 no Bengo, 17 na Lunda-Sul, 16 no Cuando Cubango, 14 no Cunene e 13 Cuanza-Norte.
Para garantir abastecimento ininterrupto nos variados postos espalhados pelo país, a Sonangol vai melhorar a capacidade de armazenagem, apostando na totalidade das infra-estruturas em terra e o abandono dos pontos flutuantes.

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