Economia

País gastou 892 milhões de dólares com derivados

Hélder Jeremias

Jornalista

O país gastou durante o trimestre de 2022 cerca de 892 milhões de dólares na aquisição de 1 166 323 toneladas métricas de produtos derivados de petróleo, 72 por cento das quais importadas, 27 por cento produzidas pela refinaria de Luanda e 1,0 por cento com origem da Topping Plant de Cabinda.

03/02/2023  Última atualização 07H00
© Fotografia por: VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO

A informação foi avançada ontem pelo director geral do Instituto Regulador dos Derivados de Petróleo (IRDP), Luís Fernandes, no balanço das actividades do sector referente ao IV trimestre de 2022.

As estatísticas

De acordo com Luís Fernandes, as estatísticas apontam para um decréscimo em cerca de 8 por cento, em comparação com o período homólogo (de Julho a Setembro de 2022), numa altura em que o país ostenta uma capacidade instalada para armazenamento de combustíveis líquidos em terra de cerca de 675.968 metros cúbicos.

No final do trimestre, foram registados 922 postos de abastecimento em estado operacional, 341 dos quais pertencentes a Unidade de Negócios,  Distribuição e Comercialização da Sonangol, correspondentes a 37 por cento, enquanto 394 postos, operados por  consórcio de operadores (bandeira branca) representam 43 por cento.

Segundo o gestor, a  Pumangol é detentora da segunda maior quota de mercado, com 78 postos de abastecimento (8 por cento), seguida da Sonagalp que opera no mercado nacional com 60, correspondentes a 7 por cento, ao passo que a Total Energies já atingiu os 49 postos que lhe conferem 5,0 por cento.

"A actualização do Mapeamento Nacional de Postos de abastecimento operacionais no quarto trimestre até 31 de Dezembro de 2022 teve um acréscimo de 11 postos operacionais em relação ao terceiro trimestre, assim como a existência de 39 municípios desprovidos de postos operacionais.

A falta de postos nestes municípios ilustra a abertura de investimento por parte das empresas”, disse Luís Fernandes.

O responsável sublinhou ainda que o volume de vendas globais dos vários segmentos de negócios de retalho, consumo, "be to be” e banco, no período , foi de aproximadamente de 1.185 590 toneladas métricas”, o que perfaz um acréscimo na ordem dos  3 por cento em relação ao trimestre anterior.

"Em termos de quota de mercado, a Unidade de Negócios Distribuição e Comercialização da Sonangol (UNDC) mantém a liderança com aproximadamente 64 por cento, seguida da Pumangol, com 20 por cento.

A Sonagalp tem uma quota de 9,0 por cento, ao passo que a Total Energies conta com 7,0 por cento”, avançou.

Comércio de lubrificantes

O quarto trimestre de 2022 ficou marcado pelo registo de 8 199 toneladas métricas de lubrificantes comercializadas no mercado interno pelas principais empresas, que configuram um decréscimo de aproximadamente 11 por cento em relação ao período homólogo (terceiro trimestre).

Do volume total comercializado, segundo fez saber, apenas 1 491 toneladas  métricas foram de produção nacional, um volume que corresponde a 18 por cento, enquanto as restantes 6 708 toneladas métricas dizem respeito ao volume importado e representam  82 por cento.

A UNDC da Sonangol liderou o mercado de lubrificantes, no período em análise, com vendas na ordem dos 18,19 por cento do total, seguida pela Chinangol, 7,48 por cento, a Pumangol com 7,46 por cento, a Jambo com 6,41 por cento e a Cosal, 5,27 por cento de cota.

"Essas são representam o top cinco do mercado de venda de lubrificantes e, como podemos reparar, existe um equilíbrio  nas percentagens que nos dá uma indicação da competição que existe no mercado, não obstante a entrada de novas marcas de lubrificantes no mercado”, disse..

Tudo indica que, com a evolução e estabilidade do mercado, os clientes terão várias preferência para aqueles que oferecerem produtos e serviços de qualidade, concluiu Luís Fernandes.


Mercado nacional consome 127,3 mil toneladas de combustível

Luís Fernandes informou ainda que durante os últimos três meses de 2022  o mercado nacional absorveu mais de 127, 3 mil toneladas métricas de Gás Petróleo Liquefeito (GPL), com 61 por cento produzidos pela Angola LNG, 33 importado, 4 por cento proveniente da refinaria de Luanda e 2 com origem na Topping de Cabinda.

"No seguimento dos combustíveis gasosos, foram introduzidos cerca de 127. 316 toneladas métricas de gás de cozinha, dos quais  61 por cento provenientes  da Angola LNG, 33 de importações, 4 da refinaria de Luanda e 2 do Topping da Cabinda Gulf”, revelou.

Em relação ao trimestre anterior, Luís Fernandes disse que houve  um aumento de aproximadamente 35 por cento na aquisição de GPL  para o mercado interno, facto que permitiu elevar o grau de satisfação do mercado, por via de uma distribuição regular nas diferentes regiões do país.

"O país contou, neste segmento com uma capacidade instalada de armazenagem interna de 10 954 toneladas métricas, em função da qual as vendas tiveram o registo total de 115 202 toneladas métricas, o que representou um acréscimo de 0,5 por cento em relação ao trimestre anterior”, revelou.

 

 




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