Sociedade

País faz busca activa de crianças com VIH-Sida para tratamento

Angola está a priorizar a intensificação da busca activa de casos de crianças expostas ao VIH/Sida, para o diagnóstico, tratamento e cuidados no seio da comunidade, informou quarta-feira,em Dar-Es-Salam, Tanzânia, a ministra da Saúde.

02/02/2023  Última atualização 09H35
Sílvia Lutucuta chefia delegação angolana na reunião © Fotografia por: DR

Sílvia Lutucuta, que chefia uma delegação angolana presente na reunião de alto nível para o lançamento da Aliança Global para Acabar com a Sida em crianças até 2030, disse que o projecto vai contar com a envolvência de pessoas que vivem com o VIH.   

Salientou que consta das prioridades do Executivo o fortalecimento das intervenções comunitárias lideradas por mulheres que vivem com VIH, promovendo o vínculo das gestantes seropositivas e crianças expostas com as unidades de saúde, através de projectos sociais existentes no país, como o Kwenda e o Programa de Combate à Pobreza, para cobrir as lacunas do diagnóstico e tratamento. 

A ministra garantiu o reforço do Sistema de Informação, particularmente o de impacto nas comunidades, a operacionalização da Comissão Nacional de Luta contra a Sida e Grandes Endemias, com vista ao fortalecimento das acções multissectoriais na resposta ao VIH-Sida e a mobilização e capacitação das mulheres que vivem com VIH sobre os Direitos Humanos e equidade de género, baseados nos resultados do estudo de casos contra o estigma e discriminação. 

Durante a apresentação da ministra assegurou-se que a situação epidemiológica de Angola tem tido bons resultados no que toca à prevenção da transmissão do VIH de Mãe para Filho (PTMF), no âmbito do projecto "Nascer Livre para Brilhar”, liderado pela Primeira-Dama de Angola, Ana Dias Lourenço. 

Silvia Lutucuta informou que graças aos esforços do Executivo foi possível reduzir a taxa de transmissão do VIH de mãe para filho de 26 porcento em 2018, para 15 porcento em 2021. 

Apesar disso, há necessidade de se mobilizar mais recursos dos parceiros para a intervenção comunitária, pelo facto de Angola, desde 2016, ser considerado um país de média renda e, por isso, não ter beneficiado dos financiamentos de doadores à semelhança dos demais países da região.

A reunião de alto nível, que decorre em Dar-Es-Salam, conta com a participação dos vice-Presidentes da Tanzânia e Zimbabwe, Primeira-Dama da Namíbia, directora-geral da ONUSIDA, OMS, UNICEF, representantes dos principais doadores e financiadores, entre os quais o Fundo Global e a PEPFAR. 

Participam, também, no evento representantes da sociedade civil, com realce para representações de mulheres e jovens que vivem com o VIH/Sida. 


Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Sociedade