Política

País atinge estabilidade macroeconómica

Paulo Caculo

Jornalista

O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, afirmou, segunda-feira, no Parlamento, durante a discussão na especialidade da proposta do OGE, que o país atingiu a estabilidade macroeconómica, mercê da trajectória de crescimento económico assinalada desde 2021.

24/01/2023  Última atualização 07H06
Ministro de Estado e da Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, falou dos avanços registados nos transportes © Fotografia por: Maria Augusta | Edições Novembro

Ao intervir na sessão extraordinária com os ministros da equipa económica e do sector real da economia, o responsável anunciou que o Executivo está a elaborar o Plano de Desenvolvimento Nacional, para o período 2023/2027, tendo sublinhado ser o documento que vai estabelecer as opções estratégicas para o desenvolvimento do país nos próximos cinco anos.

"Será com base neste documento que toda a gestão financeira do país será feita, daqui para frente”, adiantou-se a afirmar, para em seguida acrescentar que a elaboração do referido plano, vai assentar em três pilares fundamentais.

O primeiro, disse, tem a ver com "o desenvolvimento humano do país”, em que se prevê tratar de aspectos especiais, como a educação, saúde, formação técnica e profissional e a questão do emprego, enquanto o segundo, referiu, tem a ver com "a expansão e modernização das infra-estruturas”, com incidência para os aspectos ligados à água, energia, estradas, portos e aeroportos.

O terceiro e último pilar, segundo ainda o ministro, prende-se com "a necessidade de intensificarmos e acelerarmos o processo de diversificação da economia do país”, que diz estar em curso.

"A nossa previsão, é que tenhamos concluído ainda no decurso do primeiro trimestre deste ano”, admitiu, apelando para a necessidade de o país se manter na trajectória do crescimento económico retomado em 2021, após cinco anos de recessão.

O ministro de Estado lembrou que durante o período de recessão, a economia esteve a decrescer todos os anos e de forma sucessiva, congratulando-se com o facto de se ter conseguido parar com a fase menos boa e voltar ao crescimento, a partir desta altura.

"É importante que faça-mos tudo que está ao nosso alcance, para que não voltemos a ter uma situação de recessão, embora a situação e o contexto internacional sejam bastantes desafiantes. Se não conseguirmos nos manter nesta senda, todos os restantes problemas sociais que o país vive, fundamentalmente o desemprego, não serão resolvidos”, admitiu.

Referiu ser fundamental que, neste processo de manter o país na trajectória do desenvolvimento económico, se defina muito bem qual o papel do Estado e do sector privado. Esclareceu que, em relação ao Estado, deve-se definir tarefas, tendo apontado como a primeira, "garantir a estabilidade política”, segurança e a ordem do país, bem como a estabilidade macroeconómica e as infra-estruturas necessárias para que o país se possa desenvolver.

"Tudo o resto, devemos fazer com que seja o sector privado a constituir-se no motor no crescimento e desenvolvimento de Angola. Temos obtido receitas superiores às despesas. As nossas contas externas também estão equilibradas. Quer a conta corrente, quer a balança de pagamento têm sido superavitárias. Digamos que, num momento crucial da nossa história, conseguimos atingir a estabilidade macroeconómica”, revelou.

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