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Os dois pacientes, de 60 e 61 anos, submetidos à cirurgia robótica do cancro da próstata, na terça e quarta-feira, recuperam satisfatoriamente, após a intervenção cirúrgica e com as altas médicas já dadas.
"Estou pronto para regressar a casa e continuar com a rotina normal no meio familiar. Claro, que vou cumprir com todas as recomendações e orientações dadas pela equipa médica”, disse.
O segundo paciente, de 61 anos, operado na quarta-feira, cuja previsão de alta médica está para hoje, disse estar satisfeito pela forma como correu a cirurgia, sendo uma situação que já o acometia faz algum tempo. "Agradeço a aposta do Executivo em melhorar os serviços de saúde, com a introdução de tecnologia avançada para a melhoria da qualidade de saúde da população”, disse.
Após 24 horas, depois da submissão à cirurgia robótica do cancro da próstata, disse que sente dores ligeiras e mínimas, uma pequena dor de coluna, por causa de uma lombalgia de anos. "Mas está tudo bem. Consigo caminhar, preparado para a vida normal e seguir as orientações médicas”, disse.
O paciente revelou que no início de alerta da doença sentia ardência ou dor ao urinar, uma necessidade de mijar com mais frequência, especialmente à noite, dificuldade em iniciar ou parar a micção, sangue na urina e no sémen, assim como a sensação de bexiga não esvaziada totalmente, além da dor ao ejacular.
Motivos da escolha
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, adiantou que os pacientes escolhidos para a cirurgia robótica padeciam de cancro localizado e sem ramificações, critérios essenciais para a cirurgia robótica. Os pacientes passaram por exames complementares, desde clínicos.
O critério de escolha dos pacientes para as cirurgias, informou, começou pela triagem dos doentes, o diagnóstico laboratorial, por imagem e um diagnóstico clínico. Sílvia Lutucuta realçou que as duas cirurgias foram realizadas com sucesso e os doentes estão prontos para terem alta médica. "A permanência dos pacientes, em 48 horas de observação, foi apenas por precaução”, explicou.
No dia 20, realçou, chega o próximo robô, a ser instalado no centro de formação do Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, instituição que vai ser dedicada somente à formação dos técnicos de saúde.
"Dentro de um ano, vamos investir também no Hospital Geral de Cabinda, assim como no Materno Infantil Azancot de Menezes”, anunciou Sílvia Lutucuta. Aos homens, apelou a aderirem em massa à campanha de rastreio do cancro da próstata e nos primeiros sinais da doença procurar por ajuda médica.
Saúde reconhece potencial hospitalar de Cabinda
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, reconheceu, quarta-feira, que a província de Cabinda está melhor preparada, tanto do ponto de vista técnico como de condições hospitalares, para a realização de cirurgias robóticas.
No fim de uma visita efectuada ao Hospital Geral de Cabinda "Ervanário Luís Gomes Sambo”, onde vai ser instalado o equipamento robótico, a ministra disse que Cabinda está à frente das outras províncias no quesito hospitalar. "Acredito que com as competências que já tem, será muito mais fácil migrar para a cirurgia robótica”, disse.
Os profissionais do sector que realizam a cirurgia robótica, disse, vão, numa primeira fase, deslocar-se a Cabinda, a fim de realizarem intervenções dessa natureza e dar treinamento aos técnicos locais.
A cirurgia robótica, ressaltou, tem aplicações práticas nos casos de ortopedia, neurocirurgia, cirurgia torácica, abdominal, ginecológica e, também, em cirurgia urológica. Durante a visita, Sílvia Lutucuta deu nota positiva às condições de funcionamento do Hospital Geral de Cabinda "Ervanário Luís Gomes Sambo”, que atende igualmente doentes oriundos de outras províncias do país.
Satisfação
O anúncio da implementação da cirurgia robótica, em Cabinda, deixou satisfeita a governadora Suzana de Abreu, pelo facto de agregar mais valências à prestação de serviços do hospital, que o vai tornar numa unidade de referência internacional.
A chegada do equipamento cirúrgico a Cabinda, reconheceu, vai ser uma grande satisfação para toda a população. "É isso que queremos. Ter aqui as condições criadas para as pessoas terem um tratamento condigno”, referiu.
Técnicas invasivas
Durante a visita da ministra da Saúde a Cabinda, o médico Vipul Patel disse que as intervenções "assistidas por um robô” representam um grande avanço na área das técnicas minimamente invasivas.
A intervenção, explicou, consiste basicamente em uma cirurgia por acesso laparoscópico (pequenos orifícios por onde são introduzidas a câmara e as pinças cirúrgicas). Os movimentos dos instrumentos são realizados por braços robóticos.
Esses movimentos, referiu, são todos realizados pelo cirurgião, que fica sentado em uma consola, controlando os braços robóticos por meio de joysticks (manípulo electrónico).
As vantagens, acrescentou, é que se trata de uma cirurgia minimamente invasiva. A ausência de fadiga nas operações e as menores taxas de sangramento no intra-operatório são outras vantagens do processo, disse o especialista.
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