O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social disse, esta quinta-feira, que o ANGOTIC-24 pretende ser um evento de tecnologia africano de referência, combinando o conteúdo inigualável do fórum com exposição, bem como uma oportunidade de networking estruturada.
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A empresa Owini, do Grupo Metrelli, investiu, em 10 anos, 274 milhões de dólares, para a execução de duas fases do projecto “Água para todos”, com a implementação de sistemas de abastecimento de água, em 214 aldeias, em nove províncias angolanas.
O projecto que foi executado para atingir mais de um milhão de habitantes e visa melhorar as infra-estruturas de abastecimento de água em zonas rurais.
Ao que soube o Jornal de Angola de uma nota subscrita pelo director-geral da Owini, Zafrir Vaknin, com a implementação deste programa, o Grupo Metrelli conseguiu atingir 80 por cento de toda a actividade de assistência técnica no sector das águas.
Na primeira fase do programa, que ocorreu, entre 2013 e 2017, a Owini conseguiu atingir 152 aldeias, de cinco províncias, num investimento de USD 180 milhões.
Zafrir Vaknin fez ainda saber, conforme refere a nota, que a Owini não implementou o programa "Água para todos” nos municípios de Luena e Menongue, alcançando, todavia, as áreas rurais de Mavinga.
Na segunda etapa, o programa atingiu 62 aldeias, entre 2018 e meados de 2020, num investimento de 94 milhões de dólares, abrangendo as províncias de Cuando Cubango e Malanje. O Cuando Cubango foi o mais desafiante em termos logísticos.
A Owini adianta que este programa "Água para todos” permitiu diminuir doenças diarreicas transmitidas pela água e infecções de pele, durante os períodos operacionais, em mais de 20 por cento. Fez saber que 12 por cento das mulheres inquiridas confirmou realizar novas actividades geradoras de rendimento com a água potável, o que permitiu aumentar o rendimento das suas actividades regulares, devido ao tempo poupado, por não se deslocarem mais a longas distâncias para obter a água.
Projecto Proágua
O projecto "Proágua”, segundo a Owini, é um programa que vai levar a cabo em parceria com o Grupo Mitrelli e Suez International. Com o início previsto para Setembro, deste ano, o Proágua está focado em três pilares, como a reabilitação da distribuição de água, aumento da produção, transferência de know-how e formação.
O projecto que vai ter a duração de seis anos, conta com um investimento avaliado em 200 milhões de euros. "764 operadores locais formados para as operações e manutenção dos sistemas. O programa possui cerca de 82 campanhas de sensibilização da comunidade, em nove províncias, e a distribuição de panfletos, teatro educativo para conscientizar e instruir a população sobre como usar água potável, bem como cuidar dos sistemas”, lê-se na nota.
Até Setembro do ano em curso, a Owini vai levar a cabo projectos de água, nas áreas urbanas de Bailundo e Andulo, com dois novos sistemas, num investimento de 80 milhões de dólares.
"O balanço é positivo tendo em conta o que já foi feito, mesmo em zonas muito remotas, apesar de termos consciência de que ainda há muito para fazer e que a quantidade global de necessidades é enorme”, lê-se.
A Owini opera em África, com foco em três países: Angola, Cote d'Ivoire e Senegal. Pretende expandir os projectos para o Rwanda e Uganda.
Na Côte d'Ivoire, o projecto "Água para todos” será implementado em 95 aldeias. Para além de contar com o financiamento dos governos, a Owini beneficia de outras linhas de financiamento, através da Agências de Exportação de Crédito, casos do projecto "Proágua”, que será financiado pelo BPI França.
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