Há vários anos, as comunidades que residem ao longo da via principal que liga a cidade de Caxito à histórica vila de Nambuangongo anseiam por uma estrada, devidamente asfaltada, e que, acreditamos, venha a ser uma espécie de exlíbris da localidade.
A visita a Washington do Presidente João Lourenço representa um dos estágios, no âmbito das relações bilaterais entre Angola e os EUA, porquanto o primeiro data do tempo em que Angola ainda era Província de Portugal com uma representação diplomática de nível Consular acreditada por Portugal que sempre tratou dos negócios associados com a exploração do crude.
Os trampolineiros, nas mais diversas roupagens de que se revestem, entre elas as do cinismo e prepotência, pululam, como nunca, pelo Mundo que destroem a bel-prazer, como seres imunes que se sentem e… chegam a ser.
Estes "senhores do Mundo”, também eles, na maioria das vezes, às ordens de patrões, que lhes fornecem, por exemplo, material bélico, atafulhando-lhes contas bancárias, proporcionando-lhes famas efémeras, outrossim, os substituem "num abrir e fechar de olhos”.
Substituídos ou não, enquanto estão no poder, usam o discurso à base do improviso – dom que raros têm -, decorados ou lidos. Em ambos os casos frequentemente redigidos por abnegados amanuenses, mas, manda a verdade escrever, também pelos próprios.
A História do Mundo transborda de brilhantes oradores, independentemente das ideologias propagadas, das mais estremadas, ou consideradas como tal, às menos. Alguns são "actores de primeira”. Se entenderem como necessário até fazem aparecer "uma lágrima ao canto do olho”. Amiúde, para complemento da farsa, os nomes das organizações políticas a que pertencem – partidos, movimentos, frentes – pouco ou nada têm a ver com caminhos ou metas anunciados, menos ainda alcançadas. Muitos destas personagens são, todavia, bastas vezes, "actores secundários”, "testas de ferro”, apenas isso. Estão deste lado da cortina, são vistos e fazem por isso. Por trás, ficam os mandadores, que lhes dão ordens, os autênticos senhores das guerras, sem aspas, servidos por batalhões de especialistas em todas as matérias do mal: informadores em qualquer dos cantos do Globo, das grandes capitais aos mais recônditos lugarejos; assassinos empedernidos, violadores, ladrões, intriguistas, traidores, provocadores de descontentamentos. Em suma, o esterco de todas as sociedades, sejam quais forem, em maior ou menor quantidade.
Os senhores do Mundo sem aspas, que determinam, ao instante, quando e onde deve começar e ser interrompida a maioria dos conflitos, que lhes permite, onde quer que estejam, vidas luxuosas, são discretos. A única coisa que os aflige é a paz. E essa, obviamente, é mais fácil de combater em países menos desenvolvidos, nos quais a insatisfação é maior. Agravar essa situação não lhes é difícil. A máxima "dividir para governar” continua ser fácil de aplicar neste Universo cada vez mais conturbado, no qual, paradoxalmente, continuam a imperar vaidades, apegos ao poder, multimilionários.
O povo angolano foi, ao longo de décadas, vítima daquela situação. Primeiro contra o colonialismo português apetrechado por algumas das potências ocidentais – não as únicas -, tidas como faróis da liberdade, albergando, contudo, parte substancial da indústria bélica causadora exactamente do oposto, dependências.
No nosso caso, também foi experimentado o estafado princípio "dividir para governar”, originando lutas fratricidas que atrasaram, naturalmente, o desfecho da libertação angolana do jugo estrangeiro. De tal modo, que a Independência Nacional foi proclamada, nunca é demais recordar, sem o calar das armas. Um grupo de mercenários, de várias nacionalidades, comandado por um oficial do exército português, esteve às portas de Luanda. Enganaram-se. Perante a força da razão dos nossos combatentes, "meteram o rabo entre as pernas” e os que puderam fugiram. Alguns, porém, foram agarrados e julgados.
Os senhores do Mundo sem aspa não desistiram, mas morderam charutos, de raiva espantada, quando souberam que o até então melhor apetrechado e preparado exército do Continente, o da racista África do Sul, fora derrotado. Mais ainda, espumaram, certamente, ao lembrarem-se da promessa de Agostinho Neto de a luta prosseguir até aquele país, Namíbia e a antiga Rodésia serem independentes.
Os senhores do Mundo, sem aspas, continuam, no século XXI, a decidir grande parte dos destinos da humanidade indiferentes aos dramas que causam. Fazem-no de forma encoberta. A troco de benesses efémeras, há quem lhes cubra a cara.
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