Opinião

Os resultados do reordenamento

O reordenamento do comércio é uma medida adequada, implementada pelo governo para melhorar as condições de vida da população. Não somente dos consumidores de produtos, mas também dos próprios vendedores.

09/06/2023  Última atualização 06H25

A venda em locais inapropriados tem sido, durante muito tempo, a causa de muitos transtornos na sociedade, gerando inúmeros alertas, críticas e acesos debates em vários fóruns, tendo em conta os riscos apresentados para a vida das pessoas.

Acidentes de viação ocorrem muitas vezes, envolvendo vendedores ambulantes. Algumas vezes, porque o sinal ficou verde e o motorista movimentou a viatura antes de afectuar o pagamento, fazendo o vendedor correr atrás. Outras, porque a vendedora, por falta de espaço no passeio, colocou os produtos no pavimento reservado à circulação automóvel ou ainda por fuga receando a presença dos técnicos da fiscalização em circulação no local.

Outros problemas prendem-se com a concentração do lixo gerado nos locais onde são comercializados os produtos, que criam perigos para a saúde, tanto dos comerciantes quanto dos compradores e de outras pessoas frequentadoras da área, sem qualquer relação com o comércio, mas que  sofrem por essa externalidade negativa, como é o caso de crianças.

Além disso, há a questão do acondicionamento do produto, sobretudo géneros alimentícios, que precisam de um tratamento mais adequado para manter a conservação necessária ao consumo humano.

A medida implementada pelo governo veio corrigir muitas dessas distorções e os resultados testificam  a realidade. A mobilidade rodoviária, em muitas áreas onde os engarrafamentos eram muito frequentes, melhorou significativamente, a circulação de pessoas, em pontos antes considerados críticos, tornou-se mais fluida, os pequenos furtos diminuíram e muitos focos de lixo deixaram de existir.

Por outro lado, a acomodação em mercados está a permitir aos comerciantes uma nova experiência, de possuírem um local fixo para vender os seus produtos e  conservá-los em melhores condições após o fecho do expediente, pois antes tinha de regressar com os mesmos para casa ou guardá-los nas famosas "casas de processo”, muitas vezes sem o mínimo de segurança.

Mas, como se trata de um processo novo, não é de espantar que haja algumas resistências e, também, algum atraso no procedimento de transição de um método antigo, com o qual as pessoas já se habituaram, para o novo, outra experiência.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Opinião