Os países africanos sairiam muito a ganhar se, de forma bilateral, eventualmente até multilateral, promovessem e priorizassem o uso das respectivas moedas nas transacções entre si para o bem das trocas de bens e serviços, bem como da cooperação económica.
Nos Estados Unidos, muitas vezes coloca-se a questão sobre qual é a profissão que tem gente que mais mente— a profissão com mais mentirosos. Fiz uma pesquisa da hierarquia das inverdades e notei que os políticos são sempre os primeiros. Depois há os jornalistas e não muito longe os mecânicos e vendedores de viaturas usadas. Continuei com a pesquisa e os mecânicos de viaturas foram aparecendo com frequência.
Parece-nos ainda demasiado cedo para avaliar o que estas eleições de 2022 trarão de novo. Como em todas as eleições, não existem bolas de cristal para antecipar resultados mas podemos isso sim analisar alguns sinais que vamos recebendo da sociedade.
A primeira expectativa é que
estas sejam as eleições da inclusão. A sociedade há muito que dá mostras de que
quer inclusão de todos no esforço do desenvolvimento do país. Nos vários
pronunciamentos de políticos, associações e figuras de destaque têm sido notórias
uma certa convergência quanto à necessidade de ser construída uma nação com
cidadãos, em detrimento da de militantes.
A militância condiciona a
participação do cidadãos ao seu cartão partidário e faz com que muitos, sejam
ou não competentes, tenham mais acesso e mais oportunidades do que os outros. A
nossa sociedade tem dado mostras de que não quer isso. Em definitivo não quer
isso, usando a máxima de que o país "é de todos e todos devem ter as mesmas
oportunidades”, sejam filiados em
partidos políticos ou não. Há por isso uma relação entre essa visão e a
promoção do mérito.
Os diferentes sinais da sociedade indicam claramente que
todos queremos servidores competentes e com mérito e pouco importa a cor
política a que pertençam. E essa é a primeira grande mudança nas eleições de
2022. Os partidos políticos que tiverem a capacidade de oferecer mais
garantidas de inclusão, de uma vida em sociedade virada para a cidadania e não
para a militância, terão mais hipóteses de colher a simpatia dos eleitores.
Não
sejamos, no entanto, ingénuos. Seria até politicamente incorrecto, os partidos
não falarem de inclusão. Logo, em teoria, todos falarão de inclusão e de
abertura política ao mérito e não ao partidarismo. Ao cidadão cabe ir mais a
fundo. Não se deixar levar por palavras e estudar as propostas de cada partido.
Ver no concreto, na composição das listas, nas propostas que apresenta e nas
garantias que dão de cumprimento, que merece a confiança do eleitor nesta
matéria.
Naturalmente, que a ideia de inclusão não se resume apenas ao mérito.
O mérito é, digamos assim, a plataforma, mas a ideia de inclusão abrange
questões do género, equilíbrios étnicos e raciais, renovação e rejuvenescimento
das equipas e capacidade de inovar nas propostas. No fundo, o desafio da inclusão
está relacionado com a capacidade dos partidos fugirem "do mesmo”, as mesmas
caras, aos seus militantes, as mesmas ideias, as mesmas estratégias, as mesmas
alternativas etc etc. Sobretudo para os grandes partidos, cujas estruturas
partidárias estão ansiosas por chegar ou manter-se no poder, o desafio é enorme
e maior do que simples promessas eleitorais. O eleitor tem de ser mais
exigente.
Outra grande mudança, que se
espera que 2022 traga, é o fim das maiorias absolutas. Naturalmente para efeito
de mobilização eleitoral, MPLA e UNITA falam de vitórias expressivas, o que não
é matematicamente possível. Nem duas vitórias é possível, já que só haverá um
único vencedor e pior quinada com duas vitórias expressivas.
Os sinais da
sociedade, salvaguardando sempre o facto de que ninguém tem uma bola de cristal
para prever vitórias e derrotas, vão
mais no sentido destas eleições abrirem a hipótese de uma governação sem
maioria absoluta. Infelizmente para alguns de nós que reconhecem mérito e
muitas vantagens na actual CRA, ainda não tivemos a hipótese de verificar todas
as potencialidades da nossa constituição num cenário de mais equilíbrio
parlamentar.
Nesse sentido, os sinais de resultados mais apertados e um
Parlamento mais equilibrado podem vir a dar uma perspectiva completamente
diferente da Constituição, distribuição dos poderes na nossa República. Isso
quer dizer que muitos dos problemas que se levantam e são atribuídos à CRA tem
mais a ver com a maioria parlamentar exigente do que propriamente com a CRA.
Se
se projectar um cenário de mais equilíbrio parlamentar, a mesma lei e as mesmas
consequências proporcionam um ambiente muito diferente em termos de equilíbrio
de poder. Imagine-se um Parlamento com três partidos que tenham por exemplo
40%, 30% , 20%, isso acabaria também por
se reflectir nessa mesma proporção em órgãos como Tribunal de Contas, Tribunal
Constitucional, CNE, ERCA ou conselhos superiores da magistratura isso sem
falar no facto de que todas as reformas teriam necessariamente de ser objecto
de negociação entre partidos políticos.
A grande expectativa é pois
que 2022 traga um novo equilíbrio das forças políticas nacionais e que isso
signifique por um lado o reforço do peso político dos grandes mas também um
equilíbrio destes em relação aos pequenos partidos.
Há também sinais de que o
caminho da bipolarização não é conveniente para o país. A bipolarização nas
nossas circunstâncias, em que MPLA e UNITA usam de práticas e formas de agir
cada vez mais parecidas, representa um aprisionamento do pais ao tacticismo
político desses partidos e nos torna reféns da vontade política dos seus
militantes que, como se sabe, ‘é a vitória de qualquer jeito.
A expectativa que lemos nos
sinais da sociedade é que o equilíbrio deve ser concretizado nos dois sentidos:
em primeiro lugar equilíbrio entre o MPLA e a UNITA, quebrando-se a lógica das
maiorias absolutas, que de um modo geral são avaliadas de modo negativo então
favorecem o clima de diálogo que o país quer. Em segundo lugar, equilíbrio
entre os grandes partidos e os pequenos, como a CASA CE, FNLA, PRS e outros.
Há
claramente um certo temor de que possa haver nestas eleições uma erosão dos
pequenos partidos. Se acontecesse, seria de todo mau. Um Assembleia Nacional
polarizada entre o MPLA e a UNITA,
perante o cenário de equilíbrio ‘e mais propensa a levar-nos para a
instabilidade política e bloqueio das instituições do que para o diálogo e
ambiente de ampla negociação. Por isso é desejável que os pequenos partidos se
constituam, em grupo ou isolados, em terceira força, que no futuro possam fazer
de fiel de balança e impedir o bloqueio.
Tudo indica que não haverá
nenhum bloco da oposição, exceptuando os já declarados Bloco Democrático e PRA-
Já Servir Angola que vão concorrer na lista da UNITA, logo ‘e formalmente a
UNITA. A ideia de FNLA, PRS concorreram pode levar ao abismo ‘ao Parlamento,
depende da capacidade de mobilização que demonstrarem. Se as eleições fossem
hoje, certamente não conseguiriam lugares. Seja como for, 2022, tudo indica,
vão ser as tais eleições do equilíbrio e do fim das maiorias absolutas.
Convém insistir, não existem bolas de cristal. Cabe ao eleitor, decidir em função do que os partidos apresentarem.
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