Estamos já numa ronda censitária e nos próximos dois anos poderemos saber, com maior precisão, qual é o tamanho da nossa população.
Os angolanos celebraram no sábado passado a data do início da Luta Armada de Libertação, relembrando os feitos dos nacionalistas que, no dia 4 de Fevereiro de 1961, decidiram organizar-se para darem os primeiros passos na caminhada que resultaria na conquista da Independência Nacional, no dia 11 de Novembro de 1975.
"O país está a desbloquear a cada ano, no que toca à produção vegetal e animal. O país é virgem e tem cerca de 50 milhões de hectares de terras aráveis e utilizamos cerca de 15 a 20 por cento. Portanto é muito baixo", disse há dias o ministro da Economia, Mário Caetano João, uma realidade que precisa de mudar com urgência.
E cingindo-se à conjuntura actual, o Chefe de Estado tinha lembrado que "face à grave crise alimentar que o mundo enfrenta como consequência da guerra na Ucrânia, Angola pode jogar um papel importante como exportador de produtos alimentares como o trigo, o arroz, o milho, o feijão, a soja e a carne bovina, se forem realizados os investimentos necessários para que se obtenham bons resultados a curto/médio prazo”.
Como sabemos e nunca é demais repetir, temos as condições essenciais para materializar o que o primeiro Presidente do país, o Dr. António Agostinho Neto disse, ao referir-se à agricultura como a base.
Hoje, devemos repensar os moldes em que se processa a agricultura no país, numa altura em que a alocação de recursos do orçamento para o sector está ainda muito aquém das recomendações do que as organizações continentais e regionais sugerem.
Desde a fatia do Orçamento Geral do Estado (OGE), aos créditos e até mesmo às estratégias de "repovoamento do meio rural”, tudo isso em nome do "renascimento” de um sector Agrícola mais robusto que viabilize as outras variáveis à jusante, nomeadamente o agronegócio, a agroindústria, a pecuária, apenas para mencionar estas actividades, é possível mudar a realidade agrícola em Angola.
Um dos desafios, numa altura em que nos encaminhamos para a apresentação, por parte do Executivo, da proposta de OGE 2023, consiste na parcela reservada à agricultura que, como sabemos, precisa de ser elevada a um percentual consentâneo com o papel que todos pretendemos para o sector. A União Africana recomenda aos Estados a dedicação de dez por cento dos orçamentos nacionais, um valor que segundo a organização continental pode ser aplicada progressivamente, embora algumas vozes aleguem que pode ser elevado a julgar pelos números, quando comparados com as necessidades de outros sectores, por um lado.
Para outro, atendendo que progressivamente é possível dedicar a referida fatia dos orçamentos nacionais, outras vozes defendem que a iniciativa pode ser o único meio para a garantia da segurança alimentar, nesta particular conjuntura em que nos encontramos.
Estamos todos conscientes da circunstância por que passa o mundo em geral e a África em particular por causa da guerra na Europa, situação desafiadora quando se trata da produção de alimentos, por via da agricultura, um pressuposto que se pode efectivar com sucesso dependendo da fatia orçamental dedicada à agricultura.
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