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Orçamento e defesa aérea dominam debates eleitorais

A uma semana das eleições na Europa, a presidente cessante e candidata pelo centro-direita nas eleições do próximo mês, Ursula von der Leyen, sugeriu que um novo sistema europeu de defesa aérea seja financiado a nível comunitário e que se apliquem novas tarifas aduaneiros aos produtos chineses, com os adversários a manifestarem posições contrárias.

23/05/2024  Última atualização 13H55
Políticas de Ursula von der Leyen enfrentam forte oposição © Fotografia por: DR

As propostas de von der Leyen foram partilhadas no amplo debate sobre o estado da União Europeia, os desafios actuais e futuros. No entanto, os candidatos divergiram quanto à dimensão das despesas da União Europeia, de investimentos a nível da defesa aérea e sobre a relação de cooperação com a China, principalmente na questão de aplicação de tarifas para acabar com a concorrência desleal, noticia a Euronews.

Sandro Gozi, eurodeputado francês do partido Renovar a Europa (do Presidente Emmanuel Macron) e co-candidato à presidência pelos liberais, e Anders Vistisen, eurodeputado dinamarquês de extrema-direita que está no grupo Identidade e Democracia (mas não é candidato à presidência), não estão de acordo quanto à forma de ajustar as finanças da UE.

"Não se corta o orçamento, aumenta-se", disse Gozi, afirmando que novas fontes de receita da UE, como um imposto sobre os resíduos alimentares, poderiam ajudar a ultrapassar novos desafios como as alterações climáticas e a segurança: "Não se pode conduzir em direcção ao futuro olhando para o espelho retrovisor", acrescentou.

As despesas de Bruxelas ascenderam a quase 250 mil milhões de euros em 2022 e  definiu-se um novo quadro orçamental para sete anos (2027-2033), que será uma das tarefas politicamente mais desafiantes para a próxima Comissão Europeia (2024-2029).

A abordagem de Gozi foi amplamente apoiada pelo candidato socialista a presidente da Comissão Europeia, Nicolas Schmit (comissário europeu para Emprego e Direitos Sociais), que argumentou que o actual orçamento "não é enorme" e que a construção da defesa da Europa na sequência da agressão russa "não será possível sem algum endividamento europeu".

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