Segundo a AFP, a nova plataforma da oposição inclui o Comício para a Democracia e o Desenvolvimento (RDD) formado pelo ex-Presidente Jacques Joachim Yhomby Opango, que morreu em 2020 e liderou o Congo entre 1977 e 1979 sob o marxismo-leninismo, bem como o Movimento dos Republicanos (MR) e o Partido Popular (PAPE). Embora não tenham membros eleitos no parlamento, esses três partidos muitas vezes reúnem os seus activistas para os sensibilizar sobre a necessidade de "alternância”.

"Tem gente de outros partidos que vai chegar. Há muitas pessoas corruptas no nosso país. Mas, queremos trazer algo novo”, disse à AFP Jean-Jacques Serge Yhomby Opango, Vice-Presidente do RDD e filho do fundador do partido, após o lançamento oficial da plataforma diante de activistas das três formações. "Deve haver, em 2026, uma alternância política e democrática. Não podemos deixar que as coisas aconteçam assim”, disse.

A próxima eleição presidencial está marcada para 2026. Denis Sassou Nguesso, de quase 80 anos, com cerca de 40 no poder, tem a possibilidade de concorrer a um quinto mandato, de acordo com a actual Constituição do país. "Temos três anos pela frente e muito tempo para resolver os problemas que afligem o nosso país durante as eleições, incluindo a governanção eleitoral”, disse Destin Gavet, do Movimento dos Republicanos. "Os órgãos que planeiam e conduzem todas as operações pré-eleitorais e eleitorais são monopolizados por um partido, o partido no poder. De facto, as regras do jogo estão viciadas desde o início”, disse Jean-Jacques Agnangoye, do Partido Popular. No Congo, a oposição contestou os resultados de todas as eleições realizadas desde 2002 e vencidas por Sassou Nguesso.