Os médicos, saídos de Luanda para a província do Uíge, durante a campanha, iniciada na sexta-feira e terminou ontem, realizaram consultas e cirurgias gratuitas.

O director do Hospital Geral do Uíge, Abreu Pecamena, explicou que muitas pessoas aderiram ao projecto, o que deu para aferir que existe um grande número de doentes com problema de hérnias.

"Temos muitos casos de hérnias quer em mulheres, quer nos homens, mas, actualmente, temos só dois médicos cirurgiões, o que faz com que muitos doentes fiquem na lista de espera por algum tempo”, disse, para apelar ao governo a solicitar mais vezes o auxílio de médicos voluntários.

Abreu Pecamena salientou que, nessa campanha de cirurgias massivas, também foram envolvidos doentes com outros problemas de saúde, desde que não se excedesse a previsão da equipa médica.

O coordenador da equipa de médicos voluntários da Meditur, Belo Costa, avançou a instituição levou ao Uíge 35 especialistas, sendo dez médicos cirurgiões e oito anestesistas, auxiliados por enfermeiros instrumentistas, técnicos de apoio estatístico, logísticos, entre outros membros da equipa multidisciplinar.

Belo Costa explicou que a hérnia surge quando um órgão interno se desloca e acaba por ficar saliento por baixo da pele, devido a uma fragilidade, o que pode acontecer em qualquer parte do corpo.

Entre os tipos mais comuns da doença está a hérnia inguinal, em que um pedaço do intestino consegue deslocar-se  por entre a parede abdominal e ficar visível, como uma pequena saliência ou inchaço, debaixo da pele, principalmente, na região íntima.