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ONU coloca Moçambique e Guiné-Bissau nos dez países africanos mais pobre

JA Online

A secretária-executiva adjunta da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) disse hoje que Moçambique e Guiné-Bissau estão entre os dez países mais pobres de África, chamando a atenção para a degradação da economia do continente.

25/03/2023  Última atualização 11H48
© Fotografia por: DR | Arquivo

"Hoje, 546 milhões de pessoas estão a viver na pobreza, o que é um aumento de 74% face a 1990", disse Hanan Morsy no final da 55ª conferência dos ministros das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico africanos, que decorreu esta semana em Adis Abeba, e na qual afirmou que Moçambique e Guiné-Bissau estão na lista dos dez países onde entre 60 a 82% da população é pobre, sem dar mais dados.

"Os choques globais têm um efeito de cascata nos mais pobres em África através da inflação que, em 2022, ficou nos 12,3%, o que é muito mais elevado do que os 6,7% registados a nível mundial", acrescentou a economista citada pela Lusa.

De acordo com as estimativas da UNECA, as famílias africanas gastam até 40% do rendimento familiar em produtos alimentares, pelo que o impacto da subida dos alimentos tem um "efeito mais severo em África, principalmente nos mais pobres", afirmou.

A forte dependência dos países africanos das importações tornou o continente vulnerável aos choques externos, vincaram os ministros, de acordo com o comunicado final da conferência, no qual se lê que 39 dos 54 países da região são importadores líquidos de produtos alimentares e que, em 2021, o continente exportou apenas 5,7 mil milhões de dólares de petróleo refinado e importou 44 mil milhões de dólares, apesar de produzir mais do que consome.

 

 

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