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ONU apela à expansão da protecção social

O director-geral adjunto da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Abebe Hailé-Gabriel, apelou, sábado, à expansão da cobertura e a adequação da protecção social em África, particularmente nas zonas rurais.

26/05/2024  Última atualização 10H57
Director da FAO alerta para mais apoio às famílias rurais © Fotografia por: DR

Num artigo publicado pela ENA, Agência de Notícias Etíope, Abebe Hailé-Gabriel disse que a pobreza rural e a fome são companheiras sombrias e muitas vezes coincidem com o emprego agrícola em África.  Acrescentou, também, que há anos que o continente está vulnerável ao impacto das alterações climáticas e uma proporção significativa da população rural envolvida na agricultura está especialmente exposta.

Referiu que cerca de 300 milhões de pessoas vivem na pobreza em África, enquanto 282 milhões de pessoas enfrentam uma crise de segurança alimentar, sendo que mais de mil milhões de africanos não conseguem pagar uma dieta saudável.

Abebe Hailé-Gabriel sublinhou que, apesar de as mulheres representarem 60 por cento do sector rural, enfrentam a pior insegurança alimentar e muitas vezes lutam para aceder aos meios de produção e aos serviços de inclusão económica, como o crédito bancário.

Neste contexto, referiu, a protecção social, que inclui a assistência social, a segurança social e o bem-estar social, desempenha um papel essencial na redução da pobreza, no alívio da fome, na melhoria da segurança alimentar, na construção de resiliência e na contribuição para meios de subsistência produtivos. "O acesso à protecção social aumenta significativamente a capacidade dos pobres rurais em garantir a sua própria segurança alimentar, reforçando, simultaneamente, os meios de subsistência sustentáveis, com efeitos multiplicadores nas economias locais e nacionais”, realçou.

Referiu que, actualmente, apenas cerca de 17 por cento da população em África está coberta por, pelo menos, uma prestação de protecção social, aumentando para 27,1 por cento no caso da população mais idosa de África, que recebe uma pensão de velhice, segundo Abebe.

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