O director da Organização Não-Governamental (ONG) Democracy Works Foundation (DWF), Augusto Santana, considerou, na cidade do Huambo, a educação social sobre as autarquias locais a base fundamental para o fortalecimento do processo de governação.
Augusto Santana, que falava, ontem, num work-shop de apresentação do projecto de educação cívica para a capacitação de actores nacionais para eleições locais, realizado no Hotel Ekwikwi II, disse que a ONG DWF tem como principal missão criar um entendimento comum sobre as autarquias.
Destacou, ainda, que um estudo prévio sobre eleições autárquicas, o mapeamento e saber do quadro legal ou do pacote legislativo constitui outro propósito da apresentação do projecto, para esclarecer as eventuais questões sobre todo o processo.
Apontou que a DWF se propõe, na sua missão, facilitar o diálogo democrático entre os intervenientes do processo de maneira eficiente e eficaz junto das comunidades para melhor institucionalização das autarquias.
O prelector Augusto Santana sublinhou que, além das organizações da sociedade civil, instituições religiosas, académicas, meios de comunicação social, os partidos políticos constituem os verdadeiros actores de governação.
O assessor para a Área Social disse, em representação da governadora do Huambo, Lotti Nolika, que o projecto vai contemplar diversas organizações civis, tendo em conta o seu papel na transmissão dos anseios do Governo angolano nas comunidades.
António Isaac defendeu a disseminação da informação para o reforço das estratégias de consolidação da inclusão, democracia e abertura, visando a garantia da liberdade plena em Angola.
Realçou que o processo deve ser conduzido com base nas acções formativas concebidas na experiência acumulada noutros países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) com o uso das tecnologias digitais para maior inclusão.
Angelina Cassinda Tulumba, em representação da UNITA, considerou positiva a iniciativa da formação, porque permite que qualquer cidadão saiba, verdadeiramente, o seu papel e posicionamento para contribuir na democratização do país.
Por seu turno, João Kalupeteka, representante do MPLA, acredita que o estudo sobre as eleições locais vai permitir a elaboração de um boletim que será utilizado nas acções formativas do programa de educação cívica, a ser depois implementado por todas as organizações da sociedade civil. Disse ainda que tudo isso contribui para o fortalecimento da cultura política interna dos partidos e da sociedade.
"Por via disso, torna-se exequível a participação significativa de mulheres, jovens e grupos das estruturas de base, intermédias e nas lideranças”, acrescentou.
Já o secretário do PRS no Huambo, Solia Selende, defendeu a realização de campanhas de educação moral e cívica em todos os bairros, aldeias e comunas, para que os jovens deixem de ter comportamentos negativos no momento da implementação dos programas.
"Muita coisa só irá mudar, em termos de comportamento, se a educação cívica partir dos partidos políticos”, sublinhou Solia Selende.
Por fim, o director da DWF lembrou que o projecto, financiado pelo Departamento de Estado norte-americano, vai ser implementado durante dois anos.
A
organização conta com 60 funcionários, maioritariamente mulheres, e está
representada em Angola, África Sul, Botswana, Lesotho, Malawi e Zâmbia.
Marcelino Wambo e Tatiana Marta| Huambo
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