Coronavírus

OMS mantém duas doses de vacina apesar da recomendação francesa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) mantém a orientação de duas doses das vacinas para a Covid-19, apesar da autoridade sanitária francesa ter recomendado a administração de uma às pessoas que já estiveram infectadas.

13/02/2021  Última atualização 21H11
© Fotografia por: DR
Na habitual videoconferência de imprensa sobre a evolução da pandemia da Covid-19, a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, disse, respondendo a uma pergunta sobre a recomendação francesa, que "as directrizes" da organização continuam a ser o uso de duas doses, apesar dos países procurarem "optimizar" a inoculação perante a "escassez de vacinas".
Soumya Swaminathan assinalou que são necessários "mais estudos" para se perceber se a primeira dose pode actuar como "um reforço" da imunidade à Covid-19 para as pessoas infectadas, que desenvolveram naturalmente anticorpos contra o novo coronavírus, o SARS-CoV-2.

A médica e cientista indiana adiantou que os anticorpos gerados naturalmente contra um vírus, após uma infecção, podem durar seis meses, enquanto a resposta das células imunitárias de memória (que reconhecem o agente infeccioso depois de um contacto anterior) pode persistir durante anos.
As vacinas contra a Covid-19 já autorizadas e administradas em diversos países são aplicadas em duas doses, com intervalos de tempo variável.

Sexta-feira, a Alta Autoridade de Saúde francesa recomendou a administração de apenas uma dose das vacinas contra a Covid-19 a pessoas que já tenham sido infectadas, tornando-se França o primeiro país a fazê-lo.
No seu parecer, que aguarda aprovação do Governo, a autoridade sanitária francesa apresenta como justificação o facto de as pessoas terem desenvolvido "na altura da infecção uma memória imunológica".
"A dose única da vacina irá desempenhar assim a função de um aviso", refere o parecer, que aconselha esperar "mais de três meses" após a infecção, "de preferência seis meses", antes de injectar a dose.

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