Os Estados Unidos da América lançaram, no quadro do reforço do pacote de ajuda financeira a Taiwan, Israel e Ucrânia, aprovado há dois dias pelo Senado, uma campanha para aumentar a pressão sobre Pequim em vários pontos, incluindo no apoio à Rússia, sem perder de vista a estabilidade nas relações bilaterais.
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera necessária uma investigação às valas comuns encontradas, nos últimos dias, sob os escombros de dois hospitais, na Faixa de Gaza, Al-Shifa e Nasser, frisou, ontem, Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral, António Guterres.
O director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse hoje que a vacinação contra a covid-19 já começou em 190 países, mas avisou que é preciso mais produção e melhor distribuição de vacinas.
"No início do ano, fiz um apelo para que todos os países começassem a vacinar os trabalhadores da saúde e as pessoas mais idosas nos primeiros 100 dias de 2021. Esta semana marcará o centésimo dia e 190 países e economias iniciaram agora a vacinação", disse o director-geral numa conferência de imprensa 'online' a partir de Genebra.
Da OMS fazem parte 194 países, pelo que faltam apenas quatro países começarem a vacinação.
Tedros Adhanom Ghebreyesus acrescentou que a COVAX (mecanismo que a OMS criou de distribuição mundial equitativa de vacinas contra a covid-19) já entregou 36 milhões de vacinas em 86 países.
"O aumento da produção e distribuição equitativa continua a ser a principal barreira para acabar com a fase aguda desta pandemia", disse na conferência de imprensa, na qual alertou ainda para o aumento das desigualdades entre países e dentro dos próprios países devido à covid-19.
Na véspera do Dia Mundial da Saúde, que se assinala todos os anos a 07 de Abril, o responsável máximo da OMS disse que o mundo precisa de fazer cinco mudanças vitais, uma delas a de investir na produção equitativa e no acesso a testes rápidos à covid-19, a oxigénio, a tratamentos e a vacinas.
Lamentando que em alguns países os profissionais de saúde e grupos de risco estejam por vacinar, apelando aos governos para que continuem a partilhar vacinas e que contribuam para que a OMS possa fazer essa distribuição, Tedros Adhanom Ghebreyesus defendeu um "investimento sério nos cuidados de saúde primários e na prestação de serviços de saúde a cada membro de cada comunidade".
A pandemia, acrescentou, expôs as fragilidades dos sistemas de saúde, com metade da população mundial sem acesso aos serviços essenciais de saúde, pelo que os governos não só não devem cortar na despesa publica em saúde como devem cumprir o objectivo recomendado pela OMS de gastar mais de 1% do PIB em cuidados de saúde primários.
"E devem reduzir o défice global de 18 milhões de profissionais de saúde necessários para alcançar a cobertura universal da saúde até 2030", acrescentou.
Os países devem dar prioridade à saúde e protecção social, construir bairros seguros, saudáveis e inclusivos, e melhorar os dados e informações sobre a saúde, disse.
Na conferência de imprensa o responsável pela área das emergências em saúde da OMS, Michael Ryan, considerou que a vacinação não deve ser uma exigência para viagens internacionais, quando questionado sobre a criação de um "passaporte de vacinação", mas acrescentou que no dia 15 haverá uma reunião sobre a matéria e que OMS irá divulgar recomendações para os Estados.
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