A secretária-geral da Organização da Mulher Angolana (OMA), Joana Tomás, que hoje, quarta-feira, encerra a visita de trabalho à província do Bié, reuniu ontem com milhares de mulheres camponesas dos municípios do Chinguar, Catabola e Camacupa, a quem pediu um maior envolvimento na produção de trigo, arroz e feijão, cultivando cada grupo entre 15 e 18 hectares destes cereais, contribuindo, desta forma, no apoio à estratégia do Executivo de aumento da produção de grãos em todo o país.

 "A visão do MPLA, para o período corrente e até 2027, é de tornar o sector da Agricultura, principalmente a produção de grãos em grande escala, tornando-o na força motriz do crescimento inclusivo e impulsionador da produtividade nacional. Por isso, junto das estruturas decisórias do Executivo, procuramos buscar incentivos para apoiar a mulher rural na consumação deste objectivo, já que elas constituem, no Bié, cerca de 45 por cento das produtoras agrícolas, facto que deixa a OMA muito satisfeita”, disse Joana Tomás.

 No encontro, a secretária-geral da OMA ouviu com muita atenção as preocupações das mulheres do campo, que apontaram as principais dificuldades que vivem no dia-a-dia do seu trabalho, nomeadamente as relacionadas com o escoamento da produção para os principais centros comerciais situados nas principais cidades do litoral, com realce para Luanda, Benguela e Lubango, e a necessidade para o reforço da distribuição dos insumos agrícolas, com os adubos entre as prioridades.

 Para a solução das necessidades das mulheres, que representaram associações de camponesas, cooperativas agrícolas e famílias produtoras individuais, Joana Tomás disse que um dos objectivos da visita ao Bié foi o de buscar respostas junto do Governo, por via dos programas em curso, e tornar-se numa "advogada” permanente das mulheres rurais, já que as preocupações apresentadas são vividas no país por todas "as senhoras produtoras”.