Política

OMA no Zaire aposta na formação académica e profissional das mulheres

Kayila Silvina | Mbanza Kongo

Jornalista

A aposta na formação académica, técnico-profissional, criação de cooperativas agrícolas, centros de alfabetização e incentivo ao empreendedorismo no seio das mulheres, constam das prioridades definidas, para o presente ano, pelo Secretariado Executivo da Organização da Mulher Angolana (OMA), na província do Zaire, segundo a sua responsável, Isabel Devia Luvenga.

02/02/2023  Última atualização 09H00
© Fotografia por: DR
Falando durante o acto de encerramento da jornada comemorativa do 61º aniversário da fundação desta organização feminina do MPLA, decorrida segunda-feira, sob o lema: "OMA, comprometida com a luta pelos direitos da mulher”, Isabel Devia Luvenga fez saber que vão ser, este ano, criados novos centros de alfabetização nos bairros e mercados, para que as mulheres possam aprender a ler e escrever, além de incentivar ao desenvolvimento de diversas profissões socialmente úteis, visando a auto-sustentabilidade familiar.

A jornada comemorativa dos 61 anos de existência da OMA encerrou com a realização de uma palestra subordinada ao tema: "O papel da mulher na política, conquistas e desafios”.

A prelectora da referida palestra, Nzuzi Makiese Wete Kadi, aconselhou, na ocasião, as famílias a apostarem na educação e formação dos seus filhos, para que estes possam contribuir no desenvolvimento sócio-económico da província e do país, no geral.

Nzuzi Makiesse Wete Kadi, que responde pelo Departamento de Informação e Propaganda do Comité Provincial do Zaire do MPLA, apelou, ainda, à necessidade de as mulheres afectas à OMA continuarem a divulgar os feitos das heroínas como a Rainha Njinga Mbandi, Kimpa Vita, Deolinda Rodrigues, Irene Cohen, Engrácia dos Santos, Teresa Afonso, Lucrécia Paim e outras anónimas, que perderam a vida na defesa do país.

A palestrante reconheceu, por outro lado, o trabalho social desenvolvido pela OMA ao longo dos 61 anos da sua existência, mas advogou a necessidade de a nova geração dar seguimento às actividades, para a contínua promoção do bem-estar das comunidades e, ao mesmo tempo, permitir o empoderamento da mulher, sobretudo, nas zonas rurais, por via da alfabetização e da formação técnico-profissional nas áreas de empreendedorismo, corte e costura, agricultura, pastelaria e culinária.

Com a formação preconizada, disse, as mulheres saberão defender os estatutos do partido, bem como as estratégias alinhadas aos objectivos do desenvolvimento e da governação do país, acrescentou a prelectora.

Nzuzi Makiesse Wete Kadi lembrou aos presentes que, fruto da aposta na formação académica e profissional dirigida ao género feminino, o país conta, actualmente, com um número considerável de mulheres em cargos de destaque, no Parlamento, no Executivo central, nos Tribunais, Governos Provinciais e nas Administrações Municipais e Comunais.

Ana Venerosa, 62 anos, que participou na palestra, solicitou a aposta da OMA na criação de cooperativas agrícolas para permitir às mulheres do campo aumentarem as actividades de lavoura.

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