Os traços histórico-culturais de Angola desde as ancestralidades civilizacionais, às lutas pela conquista da independência, à paz e aos elementos caracterizadores dos novos tempos de desenvolvimento do país vão ganhar, doravante, maior impulso e representatividade no Museu das Civilizações Negras, em Dakar, Senegal.
O amor é o tema central das canções dos candidatos Olinda Simeão e Joelson Missula, dois dos dez finalistas da 26ª edição do Festival da Canção de Luanda, um dos palcos mais importantes para o lançamento de novas vozes no mercado musical angolano.
Na noite de amanhã, no espaço da emissora Luanda Antena Comercial "LAC”, organizadora do festival, Olinda Simeão subirá ao palco a defender a música "Sem você por cá”, composição e letra da sua autoria. Produzida por Wilson Baptista, a concorrente explicou que a música trata essencialmente do amor, de forma muito pensada e sentida.
"Fala sobre um amor tão intenso que esperaria até mil gerações para voltar a ser vivido. A perspectiva girou em torno disso, desde os instrumentos escolhidos, a colocação vocal e a forma de sentir cada palavra”, detalhou.
A artista virada para as novas tendências sonoras apontou que a nível do mercado nacional tem abraçado na fusão de géneros, por estes permitirem mesclar várias perspectivas musicais. Especificando as características e a facilidade na relação entre diferentes estilos, exemplificou que as músicas de fusão dão espaço para criar uma linha melódica mais R&B e aplicar numa linha rítmica de kilapanga.
Olinda Simeão apontou ter como referências nacionais artistas como Filipe Mukenga, Waldemar Bastos, André e Rui Mingas, Paulo Flores, Matias Damásio, Selda e Ana Joyce. No panorama internacional, continuou, é admiradora de Cesária Évora, Maria Bethânia, Sara Tavares, Mayra Andrade, Elidia de Almeida, Vanessa Moreno e Billie Holiday.
Dentre os seus grandes sonhos como artista, Olinda Simeão manifestou que gostaria de ser uma referência musical internacional, que traz como principal estandarte a evolução musical, não ficando presa à mesmice.
"Penso em fazer uma carreira. música para mim significa ganhar senso de utilidade ao serviço da sociedade. Ela dá-me essa oportunidade, para além de permitir expressar-me”, justificou.
A cantora reconheceu que o Festival da Canção de Luanda é sem dúvidas um trampolim para a sua carreira, não tendo dúvidas que a sua participação na gala final mudará completamente a maneira como doravante as outras pessoas poderão olhar para o percurso artístico
Olinda Eduardo Simeão, de 26 anos, é natural do Lubango. Cantora e compositora desde os 20 anos, começou a cantar em 2016 no grupo Coral Teófilo, na sua província natal, onde permaneceu por 8 meses. No mesmo ano realizou a primeira apresentação em dupla, com Lukeid Moura, com quem continuou a trabalhar por mais de um ano e meio. Em 2018, também participou como vocalista provisória da banda Jazzando no Etimba Festival, na altura realizado em Benguela.
Depois dessa participação, foi convidada a ser membro permanente da banda, onde permanece até agora. Na área da composição, escreveu a sua primeira música em 2020, em colaboração com o rapper Celder Nascimento, intitulada "Lubango dos Sonhos”. O tema fez parte de um projecto promovido pelo grupo de jovens Otyoto, com o objectivo de celebrar o aniversário daquela cidade. Ainda em 2020, intensificou a arte de compor na produtora WSM, no Lubango. Em 2022 compôs o seu primeiro EP, intitulado "Entre 4 Ventos”. Actualmente tem feito apresentações a solo e também acompanha algumas bandas quando é chamada a participar em projectos musicais.
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