Qualquer partido ou político que não penetra no mais absoluto âmago do Marketing político ou eleitoral, não domina, nem os aplica, vai ser, “tarde ou cedo”, derrotado do “tapete político” no primeiro round, recebendo um K.O. e experimentando dores intermináveis. Portanto abdicar destas ferramentas (Marketing Político e Eleitoral) constitui um desacerto de estratégia política. Mas conhecê-laspressupõe estudá-las enquanto conhecimento científico.
A comissão do Congresso norte-americano que investiga a invasão do Capitólio, a 6 de Janeiro de 2021, numa tentativa de apoiantes do ex-Presidente de impedir a certificação dos resultados das eleições presidenciais de Novembro de 2020, obteve quarta-feira um dos mais importantes depoimentos de testemunhas e que pode ser decisivo para incriminar Donald Trump.
“Rói-me esta expectativa de ver em que medida as nossas múltiplas limitações se vão reflectir nas eleições que se aproximam… seguramente que vão, como sempre acontece. Mas sinto, também, a energia que daí possa advir. O confronto de ideias que espero tenha lugar... E sobretudo a novidade, a sensação de que algum tipo de mudança, de algo novo, venha a acontecer.”
Nando é um kota lúcido e experiente, que ao longo da vida se esforçou por ter sempre uma atitude positiva, que foi sempre tentando dar o seu melhor pelo país onde nasceu, cresceu e se formou. E com o qual continua comprometido. Até se deixa entusiasmar com os avanços que aqui e ali se conseguem, neste ou naquele domínio da vida política e cultural, social e económica, e num domínio que sempre achou ser dos mais relevantes: o da comunicação.
Sempre considerou que o diálogo, a interacção com os cidadãos – seja por meio dos media, ou pelo contacto directo, pelas reuniões públicas e agora nos últimos anos, pela via das chamadas "redes sociais” – fosse fundamental.
Tem também consciência que no 'jogo' da comunicação há poderes e que a capacidade de um verdadeiro diálogo na sociedade em igualdade de circunstâncias será por muito tempo ainda uma utopia pela qual vale a pena lutar.
"Vejo e sinto constantemente as marcas que o passado deixa no presente. Os frutos que não se adivinhavam antes nas minúsculas sementes, mas também as cicatrizes feias e persistentes resultantes de feridas sofridas em tempos mais ou menos longínquos…” – e ao trazer à memória esses pensares, Nando faz um sorriso triste por ver que tantos anos depois, a mesma força política que ainda está no poder, tendo aberto o país à via do multipartidarismo, não tenha ainda compreendido a importância de se não instrumentalizar o Estado….
Sente-se particularmente impaciente com o lento desenvolvimento de espaços onde se façam ouvir vozes independentes. Sabe, porém – e tem-no dito em inúmeras reuniões em que, incansável, sempre participou, ou em artigos que ao longo da vida foi publicando – que não há milagres! Só o tempo traz coisas boas…
"Passamos os anos a descuidar a educação, o cultivo da capacidade de autonomia de pensamento nas populações(assistimos pelo contrário, a imensos gestos a desencorajar o surgimento de um pensamento crítico entre os jovens)..., descuidamos o cumprimento dos preceitos de uma sociedade democrática e pluralista que afirmamos querer construir… e, espantamo-nos – nos momentos pré-eleitorais e eleitorais – com a falta de capacidade de se cumprir as regras, as leis e os regulamentos estabelecidos” – é esse o dilema maior do kota, ansioso por ver o seu país a andar pra-frente, sem mais recuos...
"Como entender e aceitar o retrocesso, após a abertura que pareceu querer-se implementar há uns anos atrás? Como não se apercebem das enormes vantagens em prosseguir por aquele novo caminho, de transparência, de cumprimento das regras anunciadas …”–Nando não pode deixar de ver que a sociedade sente dor por estarmos a resvalar novamente, caindo na tentação de pisá-las, fazer como antigamente, frustrando o optimismo que começava a criar sorrisos nos rostos.
"Temos de ser nós, os cidadãos, a mudar e a exigir a mudança” é o que lhe parece não ter volta a dar. "Dure o tempo que demorar, o único caminho válido é chegarmos a uma população informada e curiosa, a uma juventude desperta e sem medo” – mesmo sabendo ele que esse caminho é longo.
Não tem dúvidas de que agora – de repente, no momento de escolher, de votar, de decidir por quem nos deve governar – o fundamental é andar para a frente, usando o que aprendemos, as lições do passado. Sabendo que estamos a fazer escolhas para o futuro.
"É preciso alcançarmos esse estádio em que todos aceitam e se comprometem a cumprir as regras definidas para o processo eleitoral. Tudo o que foi colocado no papel – Constituição e leis eleitorais –só fazem sentido se todos lutarmos para que sejam cumpridas. Se todos formos jogadores e não meros espectadores”.
"Espero que este processo eleitoral tenha mais de trabalho-de-parto do que de-arrancar-de-dentes… e que, ainda que doloroso (espero que não o seja muito) nos leve para um outro patamar de perspectivas, mesmo que nos vá exigir esforço concretizá-las”.
Quando deu por si tinha estado a pensar nestas coisas todas enquanto caminhava pelo seu "itinerário citadino de reconforto”, feito de ruas e ruelas que o conduzia a uma mulembeira secular que lhe dava a impressão de estar ali, paciente e generosamente,sempre à sua espera. Sentou-se e suspirou.
A sombra da árvore providencial apaziguou-o, e concluiu: "Votar é um gesto definidor, compromisso de cada cidadão com o futuro”.
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