O anúncio da criação da Zona Económica da Barra do Dande, na província do Bengo, feito há dias pelo presidente do MPLA, João Lourenço, num acto de massas ocorrido na zona da Açucareira, constitui uma importante novidade para toda a região Noroeste de Angola.
Foi na quinta-feira passada, que a Kinoyetu e o Goethe-Institut Angola apresentaram no terraço, transformado em sala para cinema, conversas e outros eventos do Hotel Globo, os resultados do programa da primeira edição da residência artística Ateliê Mutamba, com a curadoria de Ery Cláver, coordenação de Orlando Sérgio, produção de Lwana Bartolomeu e consultoria de Kiluanji Kia Henda e Rómulo Peixoto.
Há dias, fui a uma casa comercial de “Cópias e Impressão”, com uma aflição. Fazer fotocópias de urgência, para um expediente administrativo, algo que a pesada burocracia angolana, sempre a trabalhar a meio gás, se viciou a pedir aos utentes de serviços públicos. Mas nem é propriamente disso que queria falar!
E tinha eu acabado de
dizer "É tanto papel que um dia vão nos exigir a fotocópia do sapato...”,
quando um jovem passou pela porta do estabelecimento e gritou. Em voz alta e bastante
ruidosa, desviando a atenção do que se ia conversando, disse:
- Fotocopiadoria...,
fotocopiadoria! Parecia revoltado.
Lá dentro, alguns
riram, mas sem humor. Além de ter sido
um riso da lucidez, e do cansaço, também entendi que era uma terapia. De facto,
rir foi o remédio mais fácil, naqueles momentos, a medida mais eficaz para
evitar gritar ou chorar. Um cliente frustrado dizia "Tira lá as tuas cópias
daqui, está a ocupar espaço!”; e o outro só lhe olhou em silêncio com cara de
quem não brinca. E uma luta quase surgia se a lucidez não nos fizesse rir!
A "fotocopiadoria” era
o novo nome que o desconhecido deu à casa comercial onde se fazem, ou onde se
tiram, não importa a diferença, centenas e centenas de "Cópias &
Impressão”, para entreter a burocracia!
Desconhece-se a
utilidade de tanto papel, mas o nome inédito fez despertar curiosidades, ao
cair tão bem aos ouvidos dos clientes!
- Fotos &
Copiadorias! Até os robustos sistemas informáticos, as bases de dados, os
poderosos scanners, o bluetooth e o whatsapp dos smart phones da burocracia são
incapazes de acabar com elas! Em cada processo, anexam-se dezenas de cópias. É
tanta a exigência que as vezes recusam: "A preto e branco, não! As cópias têm
de ser a cores.” Mandam em tudo. Ninguém manda neles!
Lá dentro, três grandes
fotocopiadoras trabalhavam ruidosamente, sem parar, para alimentar o rentável
negócio do seu proprietário. Abri os olhos e voltei a rir, agora de espanto.
Nem as lavandarias rendiam tantos lucros.
Afinal, o nome e o
serviço de "fotocopiadoria” estava a ser aplicado como uma cereja em cima do
bolo. E rimava perfeitamente com outras facilidades de apoio à nossa aflição, e
todas unidas na mesma poesia: lavandarias, hamburgarias, sapatarias, padarias,
hospedarias, procuradorias e tantas mais coisas para rir!
E porque não
"Fotocopiadorias", de hoje para frente?
"Fotocopiadoria, nós é que vos fazemos crescer”, talvez fosse isso o que quis dizer aquele jovem revoltado quando nos fez rir no momento em que uns queriam lutar. Haja lucidez!
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