Opinião

O mundo virtual e seus efeitos em crianças e adolescentes

Pereira Santana

Jornalista

Vivemos num mundo cada vez mais globalizado e virtual, onde com um clique podemos nos conectar com qualquer lugar do mundo. A rápida evolução das sociedades traz novas preocupações, algumas muito sérias.

04/08/2024  Última atualização 07H41

A internet é o principal elo desta globalização, permitindo a troca de informações e comunicação entre as pessoas em qualquer lugar do mundo. Mas, apesar de parecer fantástica, a internet também tem os seus problemas. Enquanto muitos a usam para melhorar a vida, outros usam-na para fazer o mal, como os hackers.

Nos países desenvolvidos, hackers invadem contas bancárias e roubam informações sigilosas, chegando a prejudicar grandes economias. No nosso caso, os problemas mais comuns são fraudes nas redes sociais, exposição de vídeos privados e riscos de pedofilia.

Angola também enfrenta estes desafios. O Governo angolano quer expandir o acesso à internet, mas também se preocupa com a segurança dos usuários. Em Nova Iorque, uma delegação angolana participa de 29 de Julho a 9 de Agosto, numa reunião para a aprovação de uma convenção internacional para combater crimes cibernéticos.

Este documento visa criminalizar actividades ilegais na internet e facilitar a obtenção de provas electrónicas para investigações. Também busca formas de cooperação internacional para combater crimes cibernéticos.

A minha preocupação com este mundo globalizado e virtual, sobretudo para crianças e adolescentes se resume a três pontos: saúde, segurança e socialização.

Primeiro: O uso excessivo das redes sociais pode afectar a saúde mental e física dos jovens. A pressão para manter uma imagem perfeita online pode causar problemas de auto-estima, ansiedade e depressão. O ciberbullying também pode ter consequências devastadoras, levando até ao suicídio. Fisicamente, a dependência das redes sociais pode causar obesidade e problemas de sono.

Segundo: A segurança é um grande problema. A exposição de informações pessoais online pode tornar os jovens alvos fáceis para criminosos, como sequestradores e abusadores sexuais. Perfis falsos podem enganar e manipular crianças e adolescentes, colocando-os em perigo.

Terceiro: As redes sociais podem prejudicar a socialização dos jovens. Embora permitam conexões globais, elas podem dificultar a interação face a face. A comunicação online pode substituir as interações pessoais, resultando em habilidades sociais deficientes e isolamento social.

Os perigos das redes sociais para crianças e adolescentes são muitos, afectando a sua saúde, segurança e habilidades sociais. É importante que os pais e encarregados de educação fiquem atentos ao uso que os jovens fazem destas plataformas, estabelecendo limites e orientações claras. Educar sobre os riscos e promover um uso consciente e equilibrado das redes sociais é fundamental para proteger as novas gerações dos perigos digitais.

 

* Director Executivo e de Conteúdos

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