Opinião

O compromisso com os ODS

A 78 ª Assembleia-Geral da ONU, que arrancou segunda-feira, na cidade de Nova Iorque, mais precisamente na sede da maior tribuna política e diplomática mundial, constitui uma soberana oportunidade para os Chefes de Estado e de Governo, à luz da Carta Constitutiva da organização, reduzirem as diferenças que, eventualmente, os separa e maximizarem as variáveis que os une.

19/09/2023  Última atualização 07H41

É verdade que hoje o mundo vive desafios, até muito recentemente impensáveis, como o contexto de guerra na Europa, a perspectiva de uso de armas de destruição em massa, a crise mundial de cereais e regresso ao formato das Relações Internacionais traduzidas numa espécie de guerra fria entre as potências, com repercussões globais.

Com os debates anuais, em torno de mais uma Assembleia-Geral, esperemos que as lideranças saibam colocar em primeiro lugar os princípios fundamentais da Carta Constitutiva da ONU que, entre outros, recomenda a resolução pacífica dos conflitos, a promoção das relações amistosas entre os Estados, baseadas no respeito ao princípio de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos.

É expectativa generalizada de que as lideranças mundiais sejam bem-sucedidas no fortalecimento da paz universal e na cooperação para resolver os problemas internacionais de carácter económico, social, cultural ou humanitário, na promoção e estímulo do respeito pelos Direitos Humanos, das liberdades fundamentais para todos.

Em face disso, não há dúvida de que grande parte das preocupações das lideranças mundiais radica, primeiro no objectivo primário e vital da ONU, garantir a paz e segurança internacionais, e em segundo lugar, atendendo à actualidade, nos chamados Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que consistem no conjunto de 17 metas globais, estabelecidas pela Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Este item, que, seguramente, constou da intervenção do Presidente João Lourenço, no discurso que proferiu ontem, comporta um forte apelo global à acção para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas tenham acesso aos meios para usufruir de bem-estar.

Queremos acreditar que é do interesse das lideranças e das sociedades lançar mãos às ferramentas disponíveis para efectivar o número um do conjunto das 17 metas globais, nomeadamente a erradicação da pobreza, um fenómeno social que, em Angola, conhece, da parte do Executivo e dos seus parceiros, nacionais e estrangeiros, estratégias para a sua erradicação.

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