Economia

Novo serviço ferroviário no escoamento agrícola

Estanislau Costa | Lubango

Jornalista

Os Caminhos-de-Ferro de Moçâmedes (CFM) lançam, no fim deste ano, o Comboio Regional, um serviço de apoio ao escoamento da produção que consiste na disponibilização de logística de transporte próximo dos produtores localizados ao longo do traçado ferroviário que abarca o Namibe, Huíla e Cuando Cubango.

22/09/2023  Última atualização 07H50
Caminhos-de-Ferro de Moçâmedes © Fotografia por: Arquivo

O director do CFM para a Área Comercial, Carlos Roll, que prestou estas informações ao Jornal de Angola, afirmou que, com o serviço, um vagão é imobilizado em cada uma das estações do trajecto, concentrando a mercadoria para o transporte, contado numa frequência por dia, ao longo de toda a semana.

Os produtores do traçado da Matala ao Tchamutete (Jamba), Lubango e Menongue figuram como os primeiros a beneficiar dos serviços de transporte de mercadorias,  devido à crescente capacidade produtiva, de acordo com Carlos Roll.

Além da produção agrícola,  800 mil toneladas de granito negro, com realce para o da qualidade Negro-Angola, são extraídas, anualmente, por empresas inscritas na Associação de Produtores, Transformadores, Comerciantes e Exportadores de Rochas Ornamentais do Sul de Angola (APEPA), incluidos entre os beneficiários desta nova oferta.

Granito lidera encaixe do CFM 

O encaixe do sector da exportação de granito ascendeu a 453,652 milhões de kwanzas, no ano passado, com a remessa de 93.174 cubos de granito para o estrangeiro, anunciou o director do Gabinete de Desenvolvimento Económico Integrado da Huíla, Domingos Kalumana.

Os dados realçam a magnitude do sector de exploração de recursos minerais que, na Huíla, conta com 62 empresas licenciadas e onde 27 desenvolvem operações de extracção de granito e prospecção de nióbio.

O negócio é impulsionado pela procura do granito huilano no mercado internacional, algo que favorece a importação de equipamento tecnológico de ponta e dá eficácia às operações. As pedras ornamentais extraídas e transformadas nas localidades da Chibia e Lubango são geralmente exportadas para a Itália, China, Taiwam, Polónia, França e Emirados Árabes Unidos.

O sector emprega 780 trabalhadores, a maior parte dos angolanos, os CFM e camiões de longo curso no transporte das pedras até aos portos do Namibe e Lobito, de onde são transportados por navio.

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