O município de Luena, província do Moxico, conta desde ontem, com um Parque Solar Fotovoltaico de 25,3 megawatts, com capacidade para atender mais de 171 mil consumidores.
Orçado em mais de 36 milhões de euros, o Parque Solar Fotovoltaico comporta 43.680 painéis solares, o que vai permitir à província do Moxico poupar cerca de 19,5 milhões de combustíveis por ano, e evitar a emissão de mais de 68 toneladas de dióxido de carbono anuais.
Com a entrada em funcionamento do parque, os municípios do Moxico passam a contar com mais uma fonte de energia limpa, o que vai contribuir para uma distribuição de corrente eléctrica de forma ininterrupta.
O fornecimento de energia à cidade do Luena é garantida a partir da central hídrica de Tchihumbwe-Dala e das centrais térmicas 2 e 3, que possuem uma potência total de 26 megawatts.
Ministro destaca avanços
O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, disse que o plano do sector que dirige para o período 2023/2027, está alinhado com a agenda de longo prazo até 2050, que perspectiva a continuidade da desertificação da matriz energética de forma a incorporar mais energia renovável.
Segundo o ministro João Baptista Borges, o plano do Ministério da Energia e Águas visa atingir uma taxa de electrificação de 50 por cento da população angolana, estimada em 33 milhões de habitantes.
O país gasta por ano, 214 milhões de litros de gasóleo, que corresponde mais de 43 mil milhões de kwanzas, com a instalação de parques solares em alguns pontos do país.
O objectivo do Governo, plasmado no plano "Energia Angola 2025”, é diversificar a matriz energética do país para assegurar que cerca de 82 por cento da sua população rural tenha acesso a electricidade.
Diversificação da matriz
O Parque Fotovoltaico do Luena faz parte de um conjunto de sete a serem construídos nas províncias de Benguela (Baía Farta e Biópio), Huambo (Bailundo), Bié (Cuito) e Lunda-Norte (Lucapa) e Lunda-Sul (Saurimo), que devem estar operacionais até ao final do ano. Os Parques Fotovoltaicos de Saurimo, na província da Lunda-Sul, Biópio e Baía Farta, na província de Benguela, já se encontram a produzir energia.
No seu conjunto, os sete parques solares foram desenvolvidos por um consórcio internacional composto pelas empresas SunÁfrica e MCA, estando esta última com a componente de engenharia e com a respectiva construção, tendo já concluído três parques dentro dos prazos, permitindo fornecer energia limpa e renovável a cerca de 2,4 milhões de angolanos, contribuindo para a redução anual de emissões poluentes de cerca de um milhão de toneladas de CO2 (dióxido de carbono).
Os parques solares permitem também eliminar a necessidade de consumo de cerca de 1,4 milhões de litros de gasóleo em geradores e produção térmica, com efeitos fortemente poluentes, o que permitirá uma poupança muito significativa nos gastos com a importação de combustíveis.
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