Economia

Novo Aeroporto traz desafios e oportunidades de negócios

O coordenador do Gabinete Operacional para a Abertura e Certificação do Novo Aeroporto Internacional de Luanda (Gonail) Dr. António Agostinho Neto, José Paulo Nóbrega, disse nesta sexta-feira, em Luanda, que aquela infra-estrutura aeroportuária trará para o país vários desafios e novas oportunidades de negócios.

03/06/2023  Última atualização 10H50
© Fotografia por: DR

O responsável discursava na sessão sobre "Avaliação Estrutural de Pavimentos Aeroportuários Angolanos”, na qual  foram abordados temas como a Metodologia de Avaliação Estrutural de Pavimentos Aeroportuários, Cálculo do Aircraft Classification Register or Number (ACN) e do ACR pelo software COMFAA da administração Federal da Avaliação dos Estados Unidos da América, bem como a Metodologia ACR na avaliação estrutural de pavimentos aereoportuários e a experiência da ANAC na avaliação Estrutural de pavimentos, realizada  quarta-feira, em Luanda.

José Paulo Nóbrega explicou  que a nova infra-estrutura, localizada em Bom Jesus, a 40 quilómetros da cidade de Luanda, tem enormes possibilidades de ampliação. Iniciando com a capacidade de 4,2 milhões de passageiros ano, com possibilidades de expansão até 15 milhões/ano, 45 milhões construindo mais uma pista, 65 milhões com a construção de  mais um terminal, não tendo limitações em termos operacionais.

Para o coordenador do Gonail, a nova infra-estrutura é  muito mais do que um local onde passageiros e cargas podem passar de um modo de transporte para outro.

"Temos que analisar esta nova infra-estrutura como um polo indutor de negócios, hotéis, logística e serviços, pois tem previsto todas as infra-estruturas  para potenciar o desenvolvimento destas actividades, um pólo de serviços aeroportuários, um pólo logístico e um terminal ferroviário (Combustíveis, mercadorias e pessoas) e uma cidade aeroportuária”.

José Paulo Nóbrega destacou, por outro lado, os benefícios do Aeroporto. "A necessidade de transformar o aeroporto num hub de passageiros, apoiando voos intercontinentais e distribuindo regionalmente para os países vizinhos (410 milhões de habitantes) é uma oportunidade, pois será necessário um diversificado conjunto de serviços para apoio ao funcionamento do aeroporto e passageiros. Por outro lado, a aposta na carga obriga ao desenvolvimento de sectores com a potencialidade de exportação de produtos por via aérea, como sejam hortícolas, frutos tropicais peixe e marisco”, afirmou.

Disse ainda que o aeroporto terá um impacto "muito importante” na economia angolana, e que poderá alavancá-la.

"E a futura cidade aeroportuária, com cerda de 10.000  ha, maior que o casco urbano da cidade de Luanda, vai também permitir estruturar o crescimento urbano da cidade de Luanda, criando uma cidade verde, apostando na mobilidade e novas tecnologias, áreas de lazer, serviços e habitações para os vários estratos da nossa população”, justificou.

Reafirmou o arranque do Aeroporto ainda este ano e, para garantir a qualidade dos trabalhos executados, o Laboratório de Engenharia de Angola fez ensaios de método de classificação estrutural de pavimentos aeroportuários, cujos testes vigoram desde 1983.

"Estes testes permitem efectuar uma análise estrutural de pavimento através do cálculo das respostas da estrutura à passagem das cargas das aeronaves nas áreas de movimento do aeroporto, na forma de tensões, deformações e deflexões nos pontos críticos da estrutura, de maneira que possibilite avaliar a sua capacidade de resistir aos mecanismos de degradação provocados pela acção repetida das cargas oriundas do rolamento das aeronaves”.

Participaram no workshop  o director nacional para a Economia das Concessões, Eugénio Mauro de Lima Fernandes; o bastonário da Ordem dos Engenheiros de Angola, Augusto Paulino Neto; representantes do Ministério das Obras Públicas e Urbanismo, da Força Aérea Nacional, da Autoridade Nacional de Aviação Civil, da Empresa Nacional de Navegação Aérea, do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, da Sociedade Gestora de Aeroportos, da Sonangol, da Sonair, bem como engenheiros da OEA, da AAPC e do GONAIL.

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