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O terceiro mandato do Presidente da República, João Lourenço, nunca esteve na agenda do MPLA, garantiu, ontem, em Luanda, o secretário do Bureau Político para Informação e Propaganda. Esteves Hilário, que falava à margem do “Matabicho com jornalistas e fazedores de opinião”, assegura que o terceiro mandato nunca esteve e não consta na agenda do MPLA para 2024.
O Presidente da República, João Lourenço, é aguardado hoje, à tarde, na cidade de Moçâmedes, capital da província do Namibe, onde inaugura, amanhã, no município do Tômbwa, a nova sede do Parque Nacional do Iona.
Durante dois dias, o Chefe de Estado vai, ainda, constatar a implementação de outros projectos económicos e sociais da região, devendo manter um encontro alargado de trabalho com os membros do Governo Provincial, encabeçados pelo governador Archer Mangueira, para avaliar o grau de execução dos diferentes programas sectoriais do Namibe.
A inauguração da nova infra-estrutura da área de conservação e gestão da biodiversidade do Parque Nacional do Iona enquadra-se no processo de revitalização dos parques nacionais, fruto de uma parceria público-privada entre o Governo de Angola e a ONG African Park, de origem sul-africana.
A modernização do Parque Nacional do Iona visou dotá-lo de características de nível internacional, assim como proporcionar condições para acolher visitantes, por meio de infra-estruturas condignas.
Com a reabilitação e apetrechamento, o Parque Nacional do Iona está transformado num dos principais activos na província do Namibe, potenciando os objectivos de preservação da biodiversidade, desenvolvimento do turismo e a coabitação com a actividade turística, inclusão e o desenvolvimento da comunidade autóctone.
Nova sede operacional
O Parque Nacional do Iona, baseado no município do Tombwa, província do Namibe, vai beneficiar de uma nova sede operacional construída de raiz na área do Pediva.
A primeira fase do projecto comporta acima de 80 compartimentos para o alojamento dos funcionários, escritórios, oficinas, logística e uma base de operações.
Com um espaço de mais de 15 mil quilómetros quadrados, ostentando belas paisagens e colinas verdejantes, o Parque Nacional do Iona é considerado um dos maiores projectos na vertente da conservação da fauna e da flora selvagem, e dos mais extensos do país .
O responsável do projecto pela empresa "African Parks”, gestora do Parque Nacional do Iona, Pedro Monterroso, explicou que as características do local vão evoluir em várias fases.
"A primeira fase, de revitalização do Parque, que arrancou na área do Pediva, está a culminar com a abertura da sede que, no fundo, engloba os edifícios operacionais e centraliza as operações do parque, e temos outras bases operacionais, como nas Espinheiras, que precisam de ser, agora, remodeladas com toda esta alteração na estrutura e centralização na Pediva.
Temos outros edifícios que vão ser também reabilitados”, explicou.
Pedro Monterroso disse, ainda, que em termos de operações e funcionalidade do Parque, estão num "bom caminho”, mas precisam de desenvolver outras valências, tais como de acomodação de turistas, que, neste momento, não existem.
"No interior do Parque não há nenhuma instalação hoteleira para acomodação de turistas.
Estamos, neste momento, a trabalhar em conjunto com os parceiros do Governo para tornar isso uma realidade num futuro muito breve”, disse.
Ainda em termos de acomodação para turistas, informou, o que existe a funcionar no Parque Nacional do Iona são áreas de campismo, garantindo que, ao longo deste ano, serão reabilitadas e renovadas, para poder "proporcionar um pouco mais de qualidade e comodidade aos nossos visitantes”. Pedro Monterroso garantiu, também, que o Parque, Nacional do Iona é "extremamente” seguro, e têm isso como uma das características da sua gestão.
"Nós temos poucos perigos associados à insegurança de animais. É um parque seguro, obviamente que estamos num ambiente natural e convém ter cuidados normais de precaução, mas não há qualquer perigo de ataque por animais selvagens, não há insegurança. O nosso sistema de fiscalização está a trabalhar de maneira a dar uma resposta de segurança eficiente a quem nos visita”, garantiu.
O responsável informou que existem postos de guarda fronteira no interior e exterior do Parque, assim como da Polícia Nacional, equipa de gestão do parque e da fiscalização, que trabalham em colaboração próxima com os órgãos de segurança nacional, cuja articulação tem garantido a segurança da população, integridade das fronteiras e a segurança dos visitantes.
"Temos duas tipologias de funcionários que estão envolvidos na componente de fiscalização, os fiscais propriamente ditos, que são nomeados pelo Ministério do Ambiente e destacados para o Parque Nacional do Iona. Esses fiscais estão organizados por patrulhas e fazem regularmente o patrulhamento, para garantir que não haja delitos, nem a violação das regras de utilização do Parque”, esclareceu, para assegurar que outro grupo de funcionários são 100 por cento recrutados nas comunidades locais, que estão também divididos em patrulhas.
"Mas, a função deles é, essencialmente, de reconhecimento, observação e para reportar as violações das regras do parque directamente à fiscalização, para poder haver actuação imediata”, frisou.
Contudo, disse não haver "grandes problemas” de violação das regras do parque, em função de um trabalho de reeducação levado a cabo junto da população, que consiste em relembrar as comunidades e não só de que existem regras, quais são as regras e fazer com que sejam cumpridas.
"Nesse contexto, é um trabalho que tem sido feito regularmente, apesar de ser lento e de muita paciência, mas, essencialmente, um trabalho de compromisso”, disse.
Por sua vez, o administrador do Parque Nacional do Iona, Sango de Sá, referiu que a nova sede vai resolver muitas dificuldades com que se debatiam no passado, tais como as limitações em termos de dormitórios, água , electricidade, sinal de Internet e de uma estrutura gestora para os técnicos estarem todos juntos e trabalharem em coordenação em todos aspectos ligados à gestão do parque.
"Tínhamos os escritórios muito dispersos e, também, havia muitos gastos com os serviços hoteleiros para acomodar os técnicos da African Parks , assim como da sua mobilidade no trabalho de campo, pois eram obrigados a fazer o vai e vem, da cidade de Moçâmedes para o Parque. Com essa infra-estrutura, estes problemas estarão resolvidos”, assegurou.
Investidos mais de dez milhões de dólares
O responsável da African Parks informou, ainda, que desde o arranque do acordo, firmado em Dezembro de 2019 com o Governo de Angola, para a gestão do Parque Nacional do Iona, num período de 20 anos, já foram investidos mais de 10 milhões de dólares, nomeadamente em todo o tipo de infra-estruturas, reabilitação, recrutamento de pessoal, custos com operações, entre outros.
"A reabilitação de um Parque Nacional é um processo longo, moroso e o caminho para a sustentabilidade ecológica, sócio-económica e financeira leva muito tempo a construir. Tudo isso que é possível para ter um parque a funcionar está a ser investido, e este investimento está a ser feito por fundos externos, mas com o apoio operacional e de colaboração, constante com o Governo de Angola, através do Ministério do Ambiente. Acho que estamos num bom caminho, mas ainda há muito trabalho para se fazer”, admitiu.
João Luhaco e Paulo Caculo| Moçâmedes
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