O novo presidente de direcção do Fórum dos Antigos Combatentes da Batalha do Cuito Cuanavale (FOCOBACC), José Celestino, pediu, quarta-feira, em Luanda, aos protagonistas deste evento histórico mais união para fortalecer a unidade em prol do desenvolvimento do país.
Durante a cerimónia, que teve lugar no Quartel General do Exército, ex R-20, em Luanda, o brigadeiro na reforma José Celestino sublinhou que a principal arma para a vitória é a união. "Se não houver união, todos os projectos concebidos correm o risco de falhar, por isso o empenho de todos os membros é indispensável”, defendeu.
Por seu turno, o presidente cessante Armindo Moreira defendeu a tomada de medidas legislativas para atribuir o título de herói a todos os participantes desta gesta de dimensão internacional, conhecida como a Batalha do Cuito Cuanavale.
Armindo Moreira justificou a implementação dos mecanismos legais como um reconhecimento aos feitos dos angolanos que não se deixaram intimidar pelo eco inimigo e enfrentaram as suas forças nesta batalha sangrenta. "É preciso que fique escrito nos anais da História de Angola e do mundo a bravura desta geração de combatentes”, realçou.
Acrescentou que, decorridos 36 anos da vitoriosa batalha contra as forças invasoras, os protagonistas mantêm o orgulho de terem cumprido, com determinação, a nobre missão que a Pátria lhes confiou.
"A julgar pela idade e tempo de vida em Angola, essa geração vai acabando aos poucos. Enquanto podemos, apelamos para passar à prática os programas gizados, para impedir que os bravos combatentes fiquem a mercê da sua sorte”, disse.
Armindo Moreira apelou ao Estado angolano a apoiar, incondicionalmente, o Fórum dos Antigos Combatentes da Batalha do Cuito Cuanavale e materializar as condições no sentido de tornar o Fórum uma instituição de utilidade pública e com autonomia patrimonial e financeira.
O responsável defendeu ainda a adopção de um conjunto de acções assistenciais destinadas a projectos de impacto directo na vida dos combatentes da Batalha do Cuito Cuanavale e dos seus representantes, devidamente identificados e cadastrados, entre os quais órfãos e viúvas, reformados e oficiais devidamente reconhecidos pelos órgãos de pessoal e quadros, que permita a sua inserção na Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas.
Diplomatas da SADC reflectem sobre a batalha histórica
Os embaixadores e encarregados de negócios do grupo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) reflectiram, ontem, na Nigéria, a importância da Batalha do Cuito Cuanavale para a independência e democratização da África Austral.
No encontro de reflexão, que se enquadra nas celebrações do 23 de Março, Dia da Libertação da África Austral, presidido pelo embaixador de Angola e presidente do Grupo SADC na Nigéria, José Bamóquina Zau, descreveu a batalha do Cuito Cuanavale como um marco histórico para a Região Austral e que permitiu a independência da Namíbia e, por conseguinte, a queda do regime do Apartheid, na África do Sul.
Bamóquina Zau afirmou ainda que a etimologia do dia 23 de Março nasceu com a sangrenta batalha em Angola, uma das maiores da guerra convencional depois da II Guerra Mundial.
"Hoje, ao celebrarmos a data, é justo prestarmos tributo aos homens e mulheres que morreram para que a África Austral pudesse usufruir da paz, estabilidade social e prosperidade económica”, sustentou o diplomata.
O embaixador angolano pediu, após considerar a África Austral como uma das subregiões mais estáveis do continente, aos seus pares para capitalizarem as suas atenções no lema do Presidente da República, João Lourenço, sobre o "Capital humano e financeiro: os principais factores para a industrialização sustentável da região da SADC”.
"Este lema, assente na visão 2050 da SADC e no Plano Estratégico Indicativo do Desenvolvimento Regional, deve capitalizar a nossa atenção aqui na África Ocidental, na busca de parceiros credíveis e competitivos para investir nos países da África Austral e impulsionar o desenvolvimento”, apelou.
Bamóquina Zau apontou o Corredor do Lobito como uma rota fundamental de desenvolvimento de infra-estruturas para impulsionar a livre mobilidade, o comércio transfronteiriço, a conectividade logística interna e as exportações.
"É um desafio que devemos abraçar e explorar as oportunidades de cooperação, tendo sempre como base a paz, a segurança e a boa governação", concluíram os embaixadores da SADC na Nigéria, para quem o Corredor do Lobito apresenta-se como um importante veículo económico entre Angola, a República Democrática do Congo e a Zâmbia, podendo interligar-se aos Caminhos de Ferro de Tazara, até ao Porto de Dar es Salaam, no Oceano Índico.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginAngola vai participar, quarta-feira, 1 de Maio, Cabo Verde, na celebração dos 50 anos de libertação dos presos políticos do campo de concentração do Tarrafal, símbolo da opressão e violência da ditadura colonial portuguesa.
O Dubai vai começar a construir novos terminais no Aeroporto Internacional Al Maktoum, para convertê-lo no maior do mundo, com capacidade para mais de 260 milhões de passageiros, um projeto avaliado em cerca de 33.000 milhões de dólares.
Angola vai participar, quarta-feira, 1 de Maio, Cabo Verde, na celebração dos 50 anos de libertação dos presos políticos do campo de concentração do Tarrafal, símbolo da opressão e violência da ditadura colonial portuguesa.