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A Nigéria reabriu, esta terça-feira, uma linha ferroviária que liga a capital do país, Abuja, a uma grande cidade do Noroeste, oito meses após ter ocorrido na região um dos ataques armados mais graves deste ano no país mais populoso de África.
No final de Março, homens armados rebentaram com um troço da linha férrea e depois invadiram o comboio que ia de Abuja para Kaduna, a capital do Estado de Kaduna, onde bandos criminosos estão activos, raptando dezenas de passageiros.
Nos meses que se seguiram, os raptores libertaram os reféns em ondas, em troca de grandes resgates pagos pelas famílias. Os últimos 23 reféns foram libertados em Outubro.
Na estação de Abuja, o primeiro comboio - ocupado com apenas um terço da sua capacidade - deixou ontem a capital por volta das 10h00 locais para uma viagem de duas horas até Kaduna, segundo relatou a agência France-Press.
A maioria dos passageiros, poucos em número, expressou alegria misturada com alguma preocupação com a insegurança.
"Estava apenas à espera que esta linha fosse retomada, por isso estou muito feliz por estar aqui”, disse Ganiyat Adesina, uma professora universitária.
"Vi os militares com dois tanques e outros veículos. Cinco deles estavam a patrulhar. Pensei, é exactamente isto que eu quero do Governo”, acrescentou.
Ayodeji Othman, um passageiro de 30 anos, concordou: "Há tanto tempo que esperamos por isto”.
"Não tenho estado em Kaduna desde o ataque por causa do estado das estradas e dos problemas, dos raptos e de tudo isso”, insistiu Othman.
O Noroeste e o Centro da Nigéria são o palco de grupos armados, conhecidos localmente como "bandidos”, que pilham, raptam e matam dezenas de residentes todas as semanas.
A polícia afirmou, por isso, ter destacado pessoal para proteger os passageiros.
O desenvolvimento do transporte ferroviário estava entre as medidas emblemáticas do Presidente, Muhammadu Buhari, quando foi eleito pela primeira vez em 2015.
Sete anos e dois mandatos depois, o ataque de Março ao comboio foi um golpe simbólico para o seu recorde e um lembrete de como a insegurança tem crescido no país.
Além dos "bandidos”, a Nigéria está a lutar para lidar com os militantes rebeldes do Nordeste e os militantes separatistas do Sudeste.
Em Fevereiro de 2023, os nigerianos irão eleger um sucessor de Buhari (constitucionalmente impedido de se candidatar à reeleição) tendo em mente duas questões principais: a insegurança e a economia.
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